terça-feira, 21 de novembro de 2023

DA DITADURA MILITAR (1964 A 1985) À NOVA REPÚBLICA

                                  A Ditadura Militar ( Resumo)

No plano interno o golpe civil militar de 1964 foi efetivado com o objetivo de evitar a ameaça comunista. O regime militar foi marcado pelas restrições aos direitos e garantias individuais e pelo uso da violência aos opositores do regime. No plano externo verificamos a inserção do Brasil no contexto da Guerra Fria, através da aplicação da Doutrina Truman ou a política do Big Stick (grande porrete) que ajudava na logistica de implantação de Ditaduras na América Latina, afim de que o exemplo de Cuba não prosperasse no Atlântico Sul. 
O modelo político do regime foi caracterizado por:                                  
* Fortalecimento do Executivo que marginalizou o Legislativo (através da cassação de mandatos) e interferiu nas decisões do Judiciário (como por exemplo a publicação dos atos institucionais);       
* Centralização do poder, tornando o princípio federativa letra morta constitucional;     
* Controle da estrutura partidária, dos sindicatos e demais representações;    
* Censura aos meios de comunicação e intensa repressão política – os casos de tortura eram sistemáticos.       
Já o modelo econômico do regime militar foi marcado pelo processo de concentração de rendas e abertura ao capital externo da economia brasileira.


Os últimos acontecimentos do Governo de Jango e a preparação do Golpe Militar.

Os trabalhadores realizam greves para pressionar os deputados e senadores aprovarem as reformas de base, as classes dominantes, em oposição, organizavam ,em várias cidades, as Marchas com Deus pela Liberdade, em São Paulo a Marcha teve como uma de suas ilustres participantes a socialite, apresentadora  Hebe Camargo -"que gracinha".

Alguns fatores que contribuíram para o desfecho do golpe.
O habitual é associarmos aos militares toda a operação de 1964, entretanto a origem do golpe não deve ser atribuída apenas à ação das Forças Armadas, pois parte da sociedade civil temia a aproximação do presidente João Goulart com as correntes políticas de esquerda, e passou a conspirar para a mobilização militar a fim de depor o presidente com base na justificativa do "perigo vermelho" se instalar no Brasil. Outro fator que contribuiu para o desfecho do golpe foi a atuação nos bastidores da política externa do governo dos EUA que deu apoio logístico aos golpistas com a Operação Brother Sam. Afinal dentro do contexto da Guerra Fria a conjuntura política no Brasil tendia a resultar na repetição de outro evento revolucionário do tipo "made in Cuba". Isto os EUA não permitiram, justo no maior país da América do Sul



Em 31 de março de 1964 começou a execução do Golpe Civil Militar em MG (o general Olímpio Mourão Filho, apoiado pelo governador Magalhães Pinto), que recebeu a adesão de unidades no RS, SP e a Guanabara (hoje Rio de Janeiro). Em 1 de abril Jango deixou Brasília e rumou para Porto Alegre, onde Leonel Brizola, com o apoio da Brigada Militar, tentou convence-lo inutilmente a resistir contra os golpistas, entretanto ambos fugiram para o exílio no Uruguai.

Acompanhe um infográfico bem legal, feito pela Folha sobre os 50 anos do Golpe Militar de 64. 

.2014 - 50 ANOS DO GOLPE MILITAR DE 64 NO BRASIL


Governo marechal Castello Branco (1964 / 67)

Foi eleito por vias indiretas, através do Ato Institucional 1 (A.I. 1), em 10 de abril de 1964. Houve uma farra de atos institucionais ou A.I. Em seu governo foi criado o Serviço Nacional de Informação (SNI). Seu governo é marcado por uma enorme reforma administrativa, eleitoral, bancária, tributária, habitacional e agrária. Criou-se o Cruzeiro Novo, o Banco Central, Banco Nacional da Habitação (BNH) e o Instituto Nacional da Previdência Social (INPS). Criou-se também o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Assinado o Ato Institucional nº2 (A.I. 2), que ampliava o controle do Executivo sobre o Legislativo, extinguindo os partidos políticos – inaugurando o bipartidarismo no Brasil (ARENA e o MDB).

Decretado o Ato Institucional nº 3 (A.I. 3) estabelecendo eleições indiretas para governador e para os municípios considerados de “segurança nacional”, incluindo todas as capitais.
Mediante o Ato Institucional nº4 (A.I. 4), foi promulgada uma nova Constituição. A Constituição da Ditadura Militar fortalecia os poderes presidenciais, permitindo ao presidente decretar estado de sítio, efetivar intervenção federal nos Estados, decretar recesso no Congresso Nacional, legislar por decretos e cassar ou suspender os direitos políticos. Nela mantinha-se o princípio federativo e os princípios dos atos institucionais – eleições indiretas para presidente e governadores.
Antes de deixar a presidência, Castello Branco instituiu a Lei de Segurança Nacional, sendo um conjunto de normas que regulamentava todas as atividades sociais, estabelecendo severas punições aos transgressores, ou seja, estabelecia a Censura como mecanismo de repressão ideológica.


Os Atos Instituicionais ou A.I. foram os instrumentos juridicos amplamente utilizados pelos presidentes militares durante o Regime Militar de 64. Por definição assim pode ser denominadoo A.I: conjunto de normas superiores, baixadas pelo governo que se sobrepunham a própria Constituição Federal 



Governo do marechal Costa e Silva ( 1967/1969)


Fazia parte da chamada “linha dura” – setor do Exército que exigia medidas mais enérgicas e repressivas para manter a ordem social e política.  As agitações internacionais de 1968 tornaram a esquerda mais radical, defendendo a luta armada para a redemocratização do país. O movimento estudantil crescia e exigia democracia.
Como resposta, Costa e Silva decretou o Ato Institucional nº 5 (A.I. 5) – o mais violento de todos. Pelo AI-5 estabeleceu-se, entre outros: o fechamento do Legislativo pelo presidente da República, a suspensão dos direitos políticos e garantias constitucionais, inclusive a do habeas-corpus; intervenção federal nos estados e municípios.
Através do AI-5 as manifestações foram duramente reprimidas, provocando o fechamento total do regime militar. Segundo o historiador Boris Fausto: “Um dos muitos aspectos trágicos do AI-5 consistiu no fato de que reforçou a tese dos grupos de luta armada.” Semelhante tese transformou-se em realidade com a eleição (indireta) de um novo presidente – Emílio Garrastazu Médici –pois Costa e Silva sofreu um derrame cerebral.




Governo do general Médici ( 1969/1974)


Período mais repressivo de todo regime militar, onde a tortura e repressão atingiram os extremos, bem como a censura aos meios de comunicação. O pretexto foi a intensificação da luta armada contra o regime. A luta armada no Brasil assumiu a forma de guerra de guerrilha (influenciada pela revolução cubana, pela guerra do Vietnã e a revolução chinesa) Era o Brasil no contexto da Guerra Fria. Os focos de guerrilha no Brasil foram: na serra do Caparaó, em Minas Gerais ; um outro foco foi no vale do Ribeira, em São Paulo, chefiado pelo ex-capitão Carlos Lamarca. Mas o principal foco guerrilheiro foi no Araguaia, no Pará. Seus participantes eram ligados ao Partido Comunista do Brasil e conseguiram apoio da população local. O modelo teórico dos guerrilheiros seguia as propostas de Mao Tsé-tung. O foco, descoberto em 1972, foi destruído em 1975. Ao lado da guerrilha rural, desenvolveu-se também a guerrilha urbana.
Seu principal organizador foi Carlos Marighella, líder da Aliança de Libertação Nacional. Para combater a guerrilha urbana o governo federal sofisticou seu sistema de informação com os DOI-CODI (Destacamento de Operação e Informações-Centro de Operações de Defesa Interna), que destruíram os grupos de guerrilha da extrema esquerda. Os DOIs-CODIs tinham na tortura uma prática corriqueira.

O dito Milagre Econômico “.

Período do governo Médici de grande crescimento econômico e dos projetos de grandes impactos (como a Transamazônica e o Movimento Brasileiro de Alfabetização-MOBRAL), em razão do ingresso maciço de capital estrangeiro.
Houve uma expansão do crédito, ampliando o padrão de consumo do país e gerando uma onda de ufanismo, como no slogan “este é um país que vai prá frente”. O regime utiliza este período de otimismo para ocultar a repressão política – aproveita-se inclusive das conquistas esportivas da década de 70, como o tricampeonato de futebol.
O ideólogo do “milagre” foi o economista Delfim Netto usando como atrativo ao capital estrangeiro as baixas taxas de juros utilizadas no mercado internacional. No entanto, a modernização e o crescimento econômico brasileiro não beneficiaram as camadas pobres. No período do “milagre” as taxas de mortalidade infantil subiram e, segundo estimativas do Banco Mundial, no ano de 1975 70 milhões de brasileiros eram desnutridos.



O governo do general Ernesto Geisel (1974/79)


O presidente Geisel tomou posse sob a promessa do retorno ‘a democracia de forma “lenta, gradual e segura”. Seu governo marca o início do processo de abertura política. Em 1974 houve eleições parlamentares e o resultado foi uma expressiva vitória do MDB. Preocupado com as eleições municipais,  aprovada a Lei Falcão, que estabelecia normas gerias para a campanha eleitoral através do sistema de radiodifusão: exibição da fotografia do candidato, sua legenda e seu número.  Abril de 1977, o presidente – utilizando o AI-5 – decretou o recesso do Congresso Nacional. Foi promulgando, então, o pacote de abril, estabelecendo mandato de seis anos para presidente da República, manutenção das eleições indiretas para governador, diminuição da representação dos estados mais populosos no Congresso Nacional e criada a reserva de um terço das vagas do Senado para nomes indicados pelo governo (senador biônico).
Embora a censura aos meios de comunicação tenha diminuído o regime continuava fechada e a repressão existia. Como exemplo, a morte do jornalista da TV Cultura, Vladimir Herzog, nas dependências do DOI-CODI paulista  e o “suicídio” do operário Manuel Fiel Filho . O ano de 1977 foi muito agitado politicamente – em razão da crise mundial do petróleo – resultando em cassações de mandatos e diversas manifestações estudantis em todo o país. No ano de 1978 houve uma greve de metalúrgicos no ABC paulista, sob a liderança de Luís Inácio da Silva, o Lula. No final de seu governo, Geisel revogou o AI-5.

O governo do general Figueiredo ( 1979/1985)


Este foi o último presidente da Ditadura. Durante o governo Figueiredo houve fortes pressões, da sociedade civil, que exigiam o retorno ao estado de direito, uma anistia política, justiça social e a convocação de uma Assembléia Constituinte.
Em março de 1979, uma greve de metalúrgicos no ABC paulista mobilizou cerca de 180 mil manifestantes; em 1981, uma nova greve, que mobilizou 330 mil operários, por 41 dias. Neste contexto é que se destaca o líder sindical Luís Inácio da Silva – Lula. A UNE reorganizou-se no ano de 1979 e, neste mesmo ano, o presidente Figueiredo aprovou a Lei da Anistia – que beneficiava exclusivamente os presos políticos. Alguns exilados puderam voltar ao país. Ainda em 1979 foi extinto o bipartidarismo, forçando uma reforma partidária. Desta reforma surgiram vários partidos o PDS; o PMDB; o PTB ; PDT e PT . Em 1983 a sociedade civil participou intensamente do movimento das Diretas-já.
Em 1984 foi apresentada a Emenda Dante de Oliveira, que propunha o restabelecimento das eleições diretas para presidente da República. A emenda foi rejeitada pelo Congresso Nacional. No ano de 1985, em eleições pelo Colégio Eleitoral, o candidato da oposição- Tancredo Neves derrotou o candidato da situação – Paulo Maluf. Tancredo Neves não chegou a tomar posse – devido a problemas de saúde veio a falecer em 21 de abril de 1985. O vicepresidente, José Sarney assumiu a presidência, iniciando um período conhecido como Nova República.


 

A Nova República - A redemocratização do Brasil (Resumo)



Governo de José Sarney (1985/1990)
O mandato de José Sarney foi marcado pelos altos índices inflacionários e pela existência de vários planos econômicos: Plano Cruzado (1986), Plano Bresser (1987) e Plano Verão (1989). O plano de maior repercussão foi o Plano Cruzado, que, procurando conter a inflação determinou: congelamento de todos os preços por um ano; extinção da correção monetária e a mudança da moeda de Cruzeiro para ser chamada de Cruzado.
Por ser um governo de transição democrática, importantes avanços políticos ocorreram, como a convocação de uma Assembléia Constituinte que elaborou e promulgou a Constituição de 1988 – “Constituição Cidadã”- que estabeleceu as eleições diretas em todos os níveis; a legalização dos partidos políticos de qualquer tendência; instituição do voto facultativo aos analfabetos, jovens entre 16 e 18 anos e pessoas acima de 70 anos; fim da censura; garantido o direito de greve e a liberdade sindical; ampliação dos direitos trabalhistas; intervenção do Estado nos assuntos econômicos e nacionalismo econômico ao reservar algumas atividades às empresas estatais.

As eleições presidenciais de 1989
Em dezembro de 1989 foram realizadas as primeiras eleições diretas para a Presidência da República desde 1960. Três candidatos destacaram-se na disputa: Fernando Collor de Mello, do pequeno Partido da Renovação Nacional (PRN); Leonel Brizola do Partido Democrático Brasileiro (PDT) e Luís Inácio “Lula” da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).
A disputa foi para o segundo turno entre Fernando Collor e Lula, cabendo ao primeiro a vitória nas eleições – graças à imagem de “caçador de marajás” e de uma plataforma de luta contra a corrupção discursava que com um só tiro acabaria com a inflação e a corrupção. Faria a modernização do Brasil e de representar os pobres e marginalizados – os “descamisados”.


O governo de Fernando Collor de Mello (1990/92)

Aplicou o plano econômico denominado de Plano Brasil Novo, o qual extinguiu o Cruzado novo e retornou o Cruzeiro; congelou preços e salários; bloqueio boa parte do dinheiro de aplicações financeiras e de poupanças por 18 meses. Houve grande número de demissões no setor público, redução nas tarifas de importação e um tumultuado processo de privatizações.
No entanto, as denúncias de corrupção envolvendo o alto escalão do governo levou o Congresso a formar uma Comissão Parlamentar de Inquérito. O relatório final da CPI apontou ligações do presidente com Paulo César Farias – amigo pessoal e tesoureiro da campanha presidencial.
O envolvimento de Collor no chamado “esquema PC”, em troca de favores governamentais por dinheiro, gerou o processo de impeachment – ou seja, o afastamento do Presidente da República. Fernando Collor procurou bloquear o processo, porém a população foi às ruas exigindo seu afastamento (“os caras-pintadas”).O presidente renunciou em 30 de dezembro de 1992, após decisão histórica do Congresso Nacional no dia anterior pelo seu afastamento. Assume o vice-presidente Itamar Franco.


O governo de Itamar Franco ( 1992/1995)

Realização de um plebiscito em 1993 que deveria estabelecer qual o regime político (monarquia ou república) e qual a forma de governo (presidencialismo ou parlamentarismo). No dia 21 de abril o resultado do plebiscito confirmou a manutenção da república presidencialista. No aspecto econômico o mais importante foi a aplicação do Plano Real, que buscava combater a inflação e estabilizar a economia nacional. O Plano pregava a contenção dos gastos públicos, a privatização de empresas estatais, a redução do consumo mediante o aumento da taxa de juros e maior abertura do mercado aos produtos estrangeiros.O Plano contribuiu para a queda da inflação e aumento do poder aquisitivo e da capacidade de consumo – em razão da queda dos preços dos produtos face à concorrência estrangeira. A popularidade do Plano Real auxiliou o ministro da Fazenda de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, a vencer as eleições em outubro de 1994.

O governo de Fernando Henrique Cardoso (1995/2002)


Fernando Henrique Cardoso foi o primeiro presidente do Brasil a conseguir uma reeleição – através de uma mudança constitucional foi aprovada a polêmica Emenda da Reeleição. Seus dois mandatos são marcados  pela aceleração do processo de globalização: a) a criação do Mercosul e a eliminação das barreiras alfandegárias entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai (a formação do bloco obedece várias etapas);  b) a privatização de empresas estatais e de telefonia. c) A instituição do PROER uma espécie de socorro  financeiro às instituições bancárias que trouxe segurança ao Sistema Financeiro Nacional. No campo político durante a votação da Emenda da Reeleição a oposição acusou um esquema  de corrupção com compra de votos de parlamentares com a finalidade de aprovar lei que instituia a reeleição. Seria este fato a semente que resultou no escândalo do Mensalão no governo Lula?   Em termo de organização social destaque para a questão fundiária do país e a atuação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que através da ocupação de terras procura agilizar o processo de reforma agrária no país. Criou programas socias como o Comunidade Solidária e instituíu o programa de transferência de renda: o Bolsa Escola. Os anos de FHC como presidente foram marcados pela hegemonia do neoliberalismo e antigos e urgente problemas nâo foram solucionados, tais como a exclusão social, a imensa concentração fundiária e empresarial, a corrupção e os descasos administrativos, ausência de uma política educacional, desfaçatez na área da saúde e previdência social, a violência urbana, o desemprego, crescimento do subemprego, concentração de renda e injustiça social. As expectativas da maioria dos brasileiros para o governo do sociólogo FHC foram frustradas em relação real melhoria das condições de vida principalmente dos mais carentes.

Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) 2003 a 2010.
Tornou-se, então, personagem central de uma história da ascensão de um ex-operário e retirante nordestino no cenário político do país, fundador e dirigente de um dos principais partidos de esquerda do Brasil e, com muita persistência, disputou e finalmente ganhou a eleição para a presidência da república. Entre as primeiras medidas tomadas, o Governo Lula anunciou um projeto social destinado à melhoria da alimentação das populações menos favorecidas o “Fome Zero”. O combate à inflação, a ampliação das exportações e a contenção de despesas foram algumas das metas buscadas pelo governo. A programa de transferência de renda para a população carente Bolsa Escola do governo FHC foi repaginado com o nome de Bolsa Família que nada mais é do que uma reedição dos programas assistencialistas tão comuns na nossa história republicana. Importante ressaltar o Bolsa Família é fator de alavancagam da popularidade de Lula.  O  país goza de uma relativa prosperidade econômica apesar da existência de muitas disparidades. A estabilidade da economia repercutiu na melhoria da imagem do país no exterior. Porem o esquema, que ficou conhecido como “Mensalão”, instaurou um acalorado debate político que questionava se existia algum tipo de oposição política no país. Apesar das denuncias que apontavam para o presidente Lula conseguiu reeleger-se para o segundo mandato.

Dilma Roussef (2011)
Primeira mulher a assumir a presidência do Brasil foi eleita no segundo turno das eleições em 2010. Aproveitando a relativa estabilidade da economia promovida pelo governo do presidente Lula, Dilma contabilizou a popularidade do seu "padrinho" político para conquistar os votos que a levaram a subir a rampa do Palácio do Planalto. Neste particular Dilma Roussef fez história, mas o seu governo atravessa uma crise política devido a denuncias de corrupção nas pastas dos 5 ministérios.
O conhecimento histórico é o instrumento para analisar, entender e transformar a nossa história. A História pode conscientizar a todos, para que unidos ou individualmente, possamos ser os agentes históricos e transformar nossa realidade. Desejo lhe um FELIZ 2014 repleto de realizações e conquistas.  São os votos de Prof. Fernando.

Exercícios de fixação

1) (UFRSE)- Considere o modelo econômico brasileiro e suas características intensificadas a partir de 1964:
I) internacionalização da economia brasileira.
II) Maior presença das multinacionais no sistema produtivo local.
III) Exportação de bens manufaturados baratos e importação de equipamento e tecnologia.
Quais das afirmativas acima estão corretas?
a) apenas I
b) apenas II
c) apenas III
d) Apenas I e II
e) I, II e III

2) (FUVESD-SP) Sobre o fim do período militar no Brasil (1964/1985), pode-se afirmar que ocorreu de forma:
a) conflituosa, resultando em um rompimento entre as Forças Armadas e os partidos políticos;
b) abrupta e inesperada, como na Argentina do general Galtieri;
c) negociada, como no Chile, entre o ditador e os partidos na ilegalidade;
d) lenta e gradual, como desejavam setores das Forças Armadas;
e) sigilosa, entre o presidente Geisel e Tancredo Neves, à revelia do exército e dos partidos.

3) (MOGIB) – Assinale a alternativa certa:
a) a crise energética da década de 70 não afetou o Brasil com intensidade maior em razão da produção maciça de eletricidade, assim como o petróleo descoberto na época foi suficiente para cobrir a maior parte de consumo dos derivados do produto;
b) a abertura política iniciada no governo Geisel permitiu que se evidenciassem problemas graves no campo social, o que foi demonstrado pelas inúmeras greves de caráter reivindicatório salarial ocorridas a partir daquele governo;
c) o governo Figueiredo, dando seqüência à abertura iniciada na gestão presidencial anterior, estabeleceu eleições diretas para preenchimento de todos os cargos do poder executivo a partir de 1982;
d) a censura à imprensa foi totalmente abolida a partir do início do governo do general Emílio Garrastazu Médici;
e) a extinção do AI-5 colaborou para que a democracia plena fosse adiada indeterminadamente no Brasil.

4) (FGVA) – Dos fatos abaixo, qual não teve relação com o movimento das “Diretas-já!” de 1984:
a) a eleição direta de José Sarney para a presidência da República;
b) a mobilização política da juventude de classe média, que se repetiria com os “cara pintadas” anti-Collor alguns anos depois;
c) o fortalecimento da candidatura de Tancredo Neves a presidente, ainda que escolhido indiretamente;
d) a transformação de uma parte dos políticos do PDS que apoiavam a ditadura militar em membros da Frente Liberal;
e) a ampliação da participação político-partidária com a formação de partidos novos e o enfraquecimento do regime militar.

5) (UFMC) – No governo de Ernesto Geisel, a chamada abertura democrática iniciou-se com:
a) a introdução do voto vinculado;
b) o término da intervenção nos sindicatos;
c) a revogação do ato institucional nº5;
d) a concessão do direito de voto aos analfabetos                                                                                                                                                                  e) a volta dos exilados políticos de 1964.

6) (FATEC) – Sobre o governo do presidente Itamar Franco, considere as seguintes afirmações:
I-Embora os graves problemas sociais e econômicos continuassem a exigir providências, o grande debate político dava-se em torno da definição das futuras candidaturas para presidente da República;
II- Após a realização do plebiscito que decidiu sobre o regime e a forma de governo que deveriam vigorar no País, a revisão constitucional (questão de fundamental importância) não foi adiante;
III- A culminância da atuação do Ministério da Fazenda deu-se com a implantação de um novo plano econômico: o Plano Real. Tratava-se de um conjunto de medidas que deveriam estabilizar a moeda e promover a estabilidade da economia.
Das afirmações acima é correto afirmar:
a) apenas as alternativas II e III estão corretas;
b) apenas as alternativas I e II  estão corretas;
c) apenas as alternativas I e III estão corretas;
d) apenas a alternativa I está correta;
e) todas as alternativas estão corretas.  

Respostas: 1-E; 2-D; 3-B;4-A;5-C;6-E

36 comentários:

  1. Gostaria de saber se a Tropicália fez opisição ao regime militar e se foi porisso que Caetano e Gilberto Gil foram exilados ?

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  2. Boa pergunta. Habitualmente associamos a Tropicália como movimento de oposição a ditadura. Não foi bem assim!! O Tropicalismo não nasceu com esta finalidade, em verdade foi um movimento de contracultura, queria modificar, chocar o modelo cultural herdado dos anos 50. Lembremos que os anos 60 foi época de contestações por parte da juventude contra a ordem estabelecida!! A transgressão era a regra a idéia da Tropicália era seguir este viés. O objetivo da Tropicália não era combater a ditadura, mas com o desenrolar dos acontecimentos de certa maneira foi empurrada por forças das circunstâncias a opor-se ao modelo de cultura da ditadura. A atuação da censura sobre os artistas tropicalistas em parte ajudou a esta tomada de posição digamos "subversiva", contestadora. Podemos tomar como exemplo o acontecimento em que Caetano apresentou a música "É Proibido Proibir" no Festival Internacional da Canção da Globo em 1968, foi um desabafo sobre a censura às suas músicas e ao mesmo tempo apresentar para a sociedade uma nova forma de concepção musical. A platéia aplicou-lhe uma furiosa vaia e Caetano proferiu um longo e inflamado discurso: "Vocês não estão entendendo nada, nada, nada, absolutamente nada. Hoje não tem Fernando Pessoa. Eu hoje vim dizer aqui, que quem teve coragem de assumir a estrutura de festival, não com o medo..."
    O exílio de Caetano e Gil dois grandes personagens do tropicalismo consolidou o conceito que o Tropicalismo era de oposição ao regime militar, mas de fato não nasceu com este objetivo.

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  3. gostaria de saber sobre a eleição do Tancredo neves.
    obrigada

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  4. Tancredo Neves, foi um nome de consenso, até mesmo entre os conservadores, para realizar a transição entre a ditadura militar e a "nova república" brasileira. Mesmo após a decepção com a derrota na votação da Campanha para eleições diretas para presidente conhecida como "Diretas Já" o povo ainda tinha a esperança de poder um dia voltar a eleger seu presidente. Naquele momento o Brasil atravessava uma fase de mudança e como em toda mudança pairava no ar incertezas quanto ao futuro da nação. A pergunta que atormentava aos brasileiros era se o militares cumpririam a promessa de encerrar o ciclo de generais presidentes independente do resultado da eleição. Tancredo Neves era o canditado do PMDB e foi o último mineiro a ganhar uma eleição para a presidência do país no século XX, derrotou a Paulo Maluf (PDS), com ampla maioria na votação conseguiu a vitória na eleição indireta realizada pelo Colégio Eleitoral. O país se encheu de alegria com a virada de uma nefasta página na sua história política, mas o pior estava para acontecer. Tancredo não chegou a assumir a presidencia em virtude de uma diverticulite aguda veio a falecer 3 meses, após a vitória no Colégio Eleitoral. Em seu lugar assumiu a presidência da república o vice presidente José Sarney.

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  5. Gostaria de saber como estava a situação politica da America do Sul no periodo da crise da ditadura militar entre 1864 a 1985? Obrigada.

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  6. Excelente material, o que eu precisava para prova 4 bimestre de historia.. enfim na minha ultima prova do ensino medio posso tirar um 10 3º Ano terminando... 2011

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  7. Em princípio devemos considerar a situação política da América do Sul entre 1964 a 1985 no contexto da Guerra Fria. O acirramento das tensões nas disputas entre EUA e URSS, principalmente após o advento da Revolução Cubana através da qual Cuba tornou-se o primeiro país socialista das Américas e ainda hoje é uma "espinha" atravessada na garganta dos Estados Unidos, de certa maneira contribuiu para uma mudança de postura da política externa estadosunidenses em relação aos governos das demais nações do continente americano. A ficha caiu ao notar negligência da sua política externa em não acompanhar mais de perto os acontecimentos no continente sul americano. Chega-se a esta constatação ao verificar que a maioria dos países da América do Sul atravessavam naquele momento governos com inclinação socialista. Isto posto era necessário, segundo a cartilha da política do Big Stick (grande porrte), ajudar e ou financiar golpes militares com o apoio dos setores conservadores da sociedade destes paises a fim de implantar governos de extrema direta úteis aos interesses do Tio Sam e também evitar que regimes socialistas se espalhassem na região. A partir daí uma sequência de ditaduras de direita foram acontecendo e a América do Sul passava a experimentar na ótica dos ditadores, outros tempos contra os tempos incertos de esquerda. Esta fase começa pelo Paraguai em 1954 governado pelo general Alfredo Stroessner, sucessivamente reeleito, sob uma permanente situação de estado de sítio.
    A agitação da direita fincaria seu pé no Brasil em 1964 destituindo o presidente João Goulart e instaurando um regime militar que duraria 21 anos.
    Em 1968 o presidente do Peru, Fernando Belaunde, tentou implantar indústrias para contentar a população e segurar as revoltas que aconteciam na época de seu governo, mas sucumbiu diante da direita conservadora, liderados pelo general peruano Juan Velasco Alvarado, que dirigiram um golpe de estado, iniciando o regime militar peruano.
    Em 1971 foi a vez da ditadura na Bolívia e no Uruguai. O Uruguai atravessava uma persistente crise econômica. A violência política se instalou como instrumento de luta pelo poder e esta foi a senha para a deflagração do golpe militar. Já na Bolívia, a ditadura foi exercida pelo General Hugo Banzer.
    No Equador, em 1972, um golpe militar derrubou o regime de José María Ibarra passando a utilizar a riqueza do petróleo e empréstimos estrangeiros para custear um programa de industrialização, reforma agrária, e subsídios para consumidores urbanos.
    Em setembro de 1973, um grupo de militares realizou um golpe que culminou no assassinato do presidente Salvador Allende, cuja postura marxista determinou o desenvolvimento do golpe militar com a invasão do Palácio de La Moneda. Sob a liderança do general Augusto Pinochet, o Chile passou a viver uma terrível ditadura preocupada em perseguir a oposição das esquerdas nacionais e atender os interesses das elites.
    A partir de 1976 a Argentina experimentou 7 anos de regime militar, iniciado pelo governo do general Vidella. Considerada uma das mais sanguinárias do período com cerca de 30 mil mortos e outros milhares de desaparecidos. O período militar na Argentina é considerado um retumbante fracasso tanto em termos econômicos quanto militares. A guerra das Malvinas foi uma aventura desastrosa para a economia platina e uma cicatriz ainda aberta nos brios nacionalistas.

    O início da década de 1980 marcou o fim desses regimes no continente - em 1980 no Peru, em 1982 na Bolívia, em 1983 na Argentina, em 1985 no Brasil e em 1988 o Chile.

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  8. Brigada, agradeço do coração POR NADA

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  9. O material de voces é otimo, agradeço de mais. Muito obrigada pela auda, esta lista de meus favoritos( rizadas ). Em fim , obrigada, voces me ajudaram muitoooooo... :)

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  10. gostaria de saber porque aconteceu a ditadura militar no Brasil na decada de 60 a 64?

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    1. Foi um conjunto de fatores e eventos conjunturais. Em verdade a Ditadura Militar de 64 foi uma postergação do frustrado golpe em 1954 durante o segundo período da Era Vargas. O ato extremo de Getúlio, o suicídio, desarticulou o golpe em andamento patrocinado pelas forças conservadoras e as multinacionais (petrolíferas)em virtude da forte reação popular consternada com a morte do "pai dos pobres". Este sentimento golpista ficou latente e de vez em quando mostrava as garras - lembremos que durante o período pós eleição de JK houve um princípio de golpe para evitar a sua posse, era na verdade os golpistas mostrando que estavam ali, na espreita. A renúncia de Jânio Quadros foi ainda mais evidente o sentimento de golpismo pois quem assumiria seria o vice Jango (comunista de carteirinha) era demais para os conservadores, porem o legalismo de Brizola prevaleceu e Jango foi empossado. Contudo 10 anos após 1954 o clima estava propício ao golpe no Brasil, presidente comunista e a Guerra Fria no seu fervor tornaram-se os principais ingredientes que comporiam o golpe que levaria o Brasil a um obscuro período na sua História política.

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  11. Quando vc fala que recebeu a adesão de unidades no RS, SP e GB, o que seria o o GB?

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    1. Olá! A sigla GB era do antigo Estado da Guanabara (1960 a 1975), cujo território corresponde hoje à área do município do Rio de Janeiro.
      Saudações.
      Fernando

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    2. vlwww... obrigadão

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  12. E como que ficou a situação ecômica pós 1964?

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  13. No campo econômico o país mantinha o histórico modelo agrário exportador, apesar do processo de industrialização ter avançado, após a década de 50, ainda era insuficiente para afirmar alteração do modelo econômico ao nível industrial. Embora o chamado "milagre econômico" tenha sido mais uma euforia ufanista, um lampejo de crescimento da economia brasileira de uma maneira geral pode-se resumir a situação econômica da seguinte forma: "o país ia bem, e o povo de mal a pior". A partir de 1967 o PIB cresceu em média 11% ao ano, uma das maiores taxas do mundo na época (a título de comparação este índice é equivalente ao crescimento alcançado pela China antes da crise de 2008), aliado aos baixos índices de inflação de 18% a.a. De fato entre 1969 e 1973 aconteceu um extraordinário crescimento econômico cuja base eram os investimentos em obras de infra estrutura, a expansão do mercado de consumo interno e das exportações. Ocorreu uma febre de investimentos e financiamentos com recursos oriundos de empréstimos externos com juros baixos aplicados em obras faraônicas muitas das quais desnecessárias (a rodovia Transamazônica que acabou se revelando um enorme fracasso) e com custos elevados (como a ponte Rio-Niterói, as usinas nucleares de Angra e a hidrelétrica de Itaipu). Os empréstimos obtidos em bancos estrangeiros, com o aval do FMI, a juros baixos garantiam o aporte financeiros para a expansão industrial, mas triplicaram a dívida externa do Brasil entre 1967 a 1972. As multinacionais se estabeleceram e passaram a produzir, com mão de obra barata, mercadorias modernas e sofisticadas a preços acessíveis, em virtude da política de facilitação do crédito ao consumidor, principalmente aos da classe média que passaram o ter acesso aos bens móveis como eletrodomésticos e automóveis em contrapartida a camada pobre (a maioria da população) sofria com o achatamento dos salários. O ministro da economia Delfim Neto, o articulador do "milagre", tinha uma justificativa "esperançosa" aos brasileiros mais desfavorecidos: "Vamos deixar o bolo crescer para depois dividi-lo", infelizmente hoje consta-se que o bolo já foi repartido e sobraram as migalhas para os pobres. Contudo esta frase de Delfim revela a política econômica perversa que favorecia a forte concentração de renda, ou seja, os ricos ficavam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
    Com a crise do petróleo, iniciada em 1974, e a consequente retração do capitalismo mundial o "milagre" mostrou sua verdadeira face, pode-se apontar que de uma forma geral foram as características da economia brasileira durante a Ditadura Militar de 1964 a 1985: um brutal processo de concentração de renda, abertura ao capital externo, o crescimento descontrolado da dívida externa e o enorme fosso social separando ricos de pobres.
    Esta política equivocada teve um alto custo para o país cujo resultado foi o crescimento da dívida externa e da inflação com reflexos sentidos na década seguinte e nas gerações futuras.

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    1. Muito boa explicação! Eu só queria entender porque, depois de tantos anos, com a economia mais forte, com a dívida externa paga (pelo menos foi o que o nosso presidente disse), o país é a 6º economia do mundo e a 85º em desenvolvimento humano. Antigamente, o fosso que separava o rico do pobre era visível, hoje ele é maquiado por números em estatísticas para beneficiar e melhorar a imagem do país lá fora ( como, por exemplo, o índice de repetentes nas escolas, que hoje não existe pela educação continuada, que passa os analfabetos de ano ).

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  14. Tem que colocar mais exercicios de fixação

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    1. Hugo valeu pela sugestão, vou providenciar mais exercícios sobre a Ditadura Militar e Nova República.

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  15. Muito bacana e bem detalhado,meus parabens e muito obrigado.

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  16. Ótimo...Muito detalhado..

    Obrigado
    Gabriel/RS

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  17. Boa tarde! Quais seriam as características do conjunto dos aspectos sociais, econômicos e políticos.
    Agradeço pela paciência e aguardo uma resposta.

    Muito obrigada
    Vitória/RS

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    1. Infelizmente sua pergunta gerou dúvida sobre qual assunto se refere. Poderia especificar se é sobre o período da Ditadura ou do período da Nova República?
      Abraços!!

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  18. olá! Gostaria de saber um pouco sobre a ditadura militar no Peru.
    Desde já, obrigada

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    1. Sempre bom lembrar que os golpes militares que assolaram a América Latina estão no contexto da Guerra Fria. Em 1968 o presidente do Peru, Fernando Belaunde Terry , tentou implantar indústrias para contentar a população e segurar as revoltas que aconteciam na época de seu governo, mas sucumbiu diante da direita conservadora, liderados pelo general peruano Juan Velasco Alvarado, que dirigiram um golpe de estado, iniciando o regime militar peruano.
      Caso queira mais informações sobre o Golpe Militar no Peru favor enviar mensagem através do e-mail do Blog: ceglj.historia@gmail.com a fim de que lhe mande o material interessante sobre este fato histórico.
      Abraços e obrigado pela participação!!

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  20. queria saber como Ernesto Geisel contribuiu para o brasil?

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    1. A contribuição de Geisel, que para muitos historiadores pertencia a linha da academia intelectualizada da ditadura chamada de "Sorbone", pode ser evidenciada pela atuação na área da pesquisa científica de novas fontes de energia como foi o caso do Proálcool e da Usina nuclear do Angra. No contexto político o tema é bem polêmico, pois foi cheio de avanços e retrocessos desde o início com a política de distensão e a revogação do AI-5 até a criação da Lei Falcão que expurgava o debate político e a instituição do Pacote de Abril. No plano econômico Geisel quis se distanciar da órbita dos EUA aproveitando o enfraquecimento que já vinha desde meados de 1970, rompeu o Acordo Militar com os americanos e tentou manter um crescimento acelerado com apoio de outra potências como por exemplo a Alemanha.Não deu frutos: entregou ao seu sucessor um país quebrado.

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  21. gostaria de saber se a tropicalia ganhou força fora do país com os exilados políticos?

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    1. Em parte sim, mas habitualmente associamos a Tropicália como movimento de oposição a ditadura. Não foi bem assim!! O Tropicalismo não nasceu com esta finalidade, em verdade foi um movimento de contracultura, queria modificar, chocar o modelo cultural herdado dos anos 50. Lembremos que os anos 60 foi época de contestações por parte da juventude contra a ordem estabelecida!! A transgressão era a regra a ideia da Tropicália era seguir este viés. O objetivo da Tropicália não era combater a ditadura, mas com o desenrolar dos acontecimentos de certa maneira foi empurrada por forças das circunstâncias a opor-se ao modelo de cultura da ditadura. O exílio de Caetano e Gil dois grandes personagens do tropicalismo consolidou o conceito que o Tropicalismo era de oposição ao regime militar, mas de fato não nasceu com este objetivo.

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  22. Como o golpe militar interferiu no exercício da cidadania brasileira durante o período de 1964 a 1985

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    1. A partir do fato que excluía o cidadão de expressar livremente suas ideias, do direito de poder escolher seus governantes, ao impedir a livre associação aos partidos de corrente ideológica contraria ao regime militar. Criou um cerceamento do direito civil e reprimia vigorosamente a livre manifestação popular. A ditadura protagonizou a censura aos meios de comunicação e impingiu o acesso a informação. Entre outras violações dos direitos humanos. Acredito que é a maneira mais sintética de responde a pergunta.

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  23. Podemos afirmar que Jango era comunista e tudo isso serviu para evitar uma ditadura comunista no Brasil?

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    1. Prezado. Sem sobra de dúvida que Jango era comunista. Quanto a questão de que o Brasil seria uma ditadura comunista esta é uma suposição, pois não temos como afirmar o que aconteceria se não houvesse o golpe militar de 1964, então fica ao nível da abstração. Decerto que ao meu ver nenhum tipo de ditadura seja de direita ou esquerda é melhor que a democracia!!

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  24. Como a Guerra Fria interferiu no processo político brasileiro deste período ?

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    1. No contexto da Guerra Fria a conjuntura política no Brasil tendia a resultar na repetição de outro evento revolucionário do tipo "made in Cuba". Isto os EUA não permitiram, justo no maior país da América do Sul ficar fora do eixo de influência Yankee. No desfecho do golpe estava a atuação nos bastidores da política externa do governo dos EUA que daria, se necessário, o apoio logístico aos golpistas, conforme revelou os documentos da Operação Brother Sam, disponibilizados pelo governo dos EUA. Antes de uma intervenção direta, o governo norte-americano optou pela saída diplomática e pelos pesados investimentos na economia de países em que julgava haver perigo de um golpe comunista. Este era o caso do Brasil. Em um segundo momento, mais radicalizado, a opção foi pelo apoio a grupos civis de direita. Nas eleições de 1962, por exemplo, os Estados Unidos financiaram várias campanhas políticas de civis identificados com o governo norte-americano. Entretanto, a vitória de políticos mais à esquerda, somada a questões internas, precipitou o início da terceira e decisiva fase de participação dos Estados Unidos na política brasileira: o apoio à investida militar contra um governo constitucionalmente eleito. Para os EUA o que importava eram os seus interesses geopolíticos e econômicos no contexto da Guerra Fria.

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