Roma (Resumão) – Proprietas of orbis terrarum (Os Donos do Mundo)
Localizada na Península Itálica, Europa. Nenhuma civilização ocidental foi tão poderosa e por tanto tempo exerceu domínio militar, político, cultural, etc., quando a romana. Do idioma à organização política e jurídica o legado dos romanos é imenso. Interessante que ainda hoje, percorrendo as ruas de Roma podemos notar nas tampas dos bueiros do sistema de abastecimento de água a abreviatura SPQR, a mesma insígnia que estampava nos estandartes das legiões romanas nas batalhas (em latim Senatus Populus Que Romano, ou seja, Senado do Povo de Roma). O Senado era a instituição fundamental da política romana – centro do poder principalmente no período republicano -, foi daí que originou o modelo dos atuais parlamentos (inclusive no Brasil).
Gravura mostra a extensão do Império Romano durante o governo de Otávio Augusto.
Origens – A Lendária e a Histórica.
A fundação de Roma apresentava características míticas, segundo a lenda os gêmeos órfãos Rômulo e Remo foram colocados em um cesto no rio Tibre para escapar da morte certa. Sobreviveram graças a uma loba que os amamentou, até que um pastor os encontrou e os criou. Já adultos Rômulo e Remo retomam o controle da região do Lácio e em troca recebem terras nas margens do Rio Tibre. A partir deste episódio tem início a fundação de Roma. Em uma disputa Rômulo matou Remo e tornou-se o primeiro rei de Roma. Rômulo era considerado o filho de Marte, deus da guerra, não por acaso a vocação militarista será uma das bases do esplendor à queda de um imenso império. Um fato interessante da História da civilização romana é que o primeiro rei foi Rômulo e o último também. Rômulo Augusto foi deposto em 476 d.C. por Odoacro, o líder dos hérulos.
A loba capitolina ainda hoje é o símbolo da Cidade Eterna, como é chamada Roma.
Entretanto pelas pesquisas históricas sabe-se que a região do Lácio era habitada por povos latinos, em sua maioria pastores que, para se defenderem de possíveis invasões, se estabeleceram nas colinas próximas ao rio Tibre. Sentindo-se ameaçados, os latinos se uniram sob a liderança de uma das aldeias, no caso Roma. Roma foi dominando todos os povos da península itálica, unificando-os sob seu poder. A partir daí, os romanos expandiram-se para fora da península.
Podemos resumir a trajetória da história política de Roma nas seguintes fases: Monarquia, República e Império.
A Monarquia (753 a.C. a 509 a.C.)
A monarquia teve início com a fundação da cidade de Roma, e Rômulo foi o primeiro rei. Segundo a tradição, Roma teve sete reis.
Aspectos da Monarquia romana.
Política.
Os reis eram escolhidos pela Assembléia Curial e tinham o poder político real limitado pelo Senado.
Aspectos da Monarquia romana.
Política.
Os reis eram escolhidos pela Assembléia Curial e tinham o poder político real limitado pelo Senado.
• Assembléia Curial: formada por cidadãos* em idade militar (patrícios) que escolhiam os reis, além de fazer e votar as Leis.
• Senado (ou Conselho dos Anciãos): um órgão consultivo que tinha o direito de aprovar ou não as leis elaboradas pelo rei.
Social.
A sociedade romana era formada pelos:
• patrícios — eram os aristocratas, os grandes proprietários de terras, os únicos que podiam ocupar cargos políticos, religiosos e militares.
• clientes — eram os plebeus apadrinhados dos patrícios aos quais deviam obediência, geralmente prestavam serviços não braçais ou domésticos (serviam na casa do patrício).
• plebeus — Eram maioria. Homens livres, mas considerados "estrangeiros" na política; não tinham direitos políticos. Eram pequenos agricultores, pastores, comerciantes e artesãos.
• escravos — em número reduzido, originados dos povos conquistados eram considerados "coisa" (res).
Economia.
Na época da realeza/monarquia, a base da economia era a agricultura, além da atividade pastoril. A produção de manufatura doméstica (como a de armas e utensílios) bastava para as necessidades mais imediatas e voltada para o consumo local. Como havia pouco excedente (sobras), o comércio era reduzido.
Em 509 a.C., um choque de interesses em relação ao poder entre o rei e a aristocracia provocou o fim da monarquia. O rei queria autonomia total, mas as assembleias desejavam manter o controle sobre o monarca. Nesta queda de braço, o rei foi deposto por um golpe dado pelos patrícios.
A República (509 a.C a 27 d.C.)
Com o golpe político, os patrícios implantaram na cidade de Roma a forma de governo republicano*. O Poder Executivo era exercido pelos magistrados, eleitos por um ano. Entre os diversos tipos de magistrados que existiam em Roma, destacam-se:
• cônsules — em número de dois, comandavam o exército e eram os chefes dos demais magistrados. Em época de guerra, eram substituídos por um ditador, com mandato de seis meses;
• pretores — cuidavam da Justiça;
• censores — faziam o censo dos cidadãos, com base na sua riqueza;
• pretores — cuidavam da Justiça;
• censores — faziam o censo dos cidadãos, com base na sua riqueza;
• questores — encarregados da arrecadação de tributos;
• edis — responsáveis pela preservação, pelo policiamento e pelo abastecimento das cidades.
O Senado era o órgão que detinha maior poder, composto de senadores vitalícios. Eram suas atribuições: elaborar as leis, cuidar das questões financeiras e religiosas, conduzir a política externa, administrar as províncias, participar da escolha do ditador em períodos de guerra externa.
As Assembleias eram em número de três:
• Curial — examinava os assuntos de ordem religiosa;
• Tribal — responsável pela nomeação dos questores e edis;
• Centurial — composta pelas centúrias, grupos de militares encarregados de votar as leis e eleger os magistrados.
As lutas sociais na República romana
Na época da República romana, a plebe passou a exigir direitos políticos, o que provocou uma série de conflitos. Eles tiveram inicio quando, em 490 a.C., os plebeus formaram um exército próprio, retiraram-se de Roma e foram para o Monte Sagrado (o Monte Aventino).
Os patrícios necessitavam dos plebeus nas atividades econômicas e militares e, por isso, cederam às suas exigências, aceitando que tivessem representantes no Senado — seriam os tribunos da plebe. Os tribunos podiam vetar leis que considerassem contrárias aos interesses plebeus.
Mais tarde, os plebeus conseguiram outros direitos. Foram elaboradas as Leis das Doze Tábuas, as primeiras leis comuns para patrícios e plebeus. Em 445 a.C., passou a ser permitido o casamento entre patrícios e plebeus e foi abolida a escravidão por dividas.
Mas as lutas continuaram e, em 367 a.C., os plebeus conquistaram o direito de participar do consulado. A partir daí, passou a haver um cônsul patrício e outro plebeu. Em 287 a.C., a plebe, mais uma vez retirando-se para o Monte Sagrado, impôs aos patrícios que as leis aprovadas pela Assembléia da Plebe fossem válidas para todo o Estado romano — era o plebiscito ou decisão da plebe.
As conquistas da República romana - As Guerra Púnicas
Durante o período republicano, Roma, com um exército bem treinado e bem armado, conquistou inúmeras regiões, formando um grande império. As conquistas iniciaram-se pela própria península Itálica. Com suas legiões, os romanos, em aproximadamente 200 anos, dominaram os povos que viviam na região.
Para controlar o mar Mediterrâneo, os romanos tiveram de enfrentar Cartago, antiga colônia fenícia no norte da África. Os cartagineses haviam alcançado grande prosperidade e seu comércio era feito com diversos lugares do mundo conhecido. O senador Catão antes de iniciar seus discursos dizia “Delenda Cartao est” (Cartago deve ser destruída). As três guerras entre Roma e Cartago são conhecidas como Guerras Púnicas e duraram de 264 a.C. até 146 a.C. Neste ano, os romanos tomaram Cartago, escravizaram cerca de 40 mil pessoas e transformaram a cidade em uma província romana.
Continuando com a política de conquistas, Roma conquistou a Macedônia e a Grécia. Em 133 a.C., a península Ibérica foi dominada e, no século I a.C., os romanos tomaram a Bitínia, a Síria, o Egito e toda a Gália. Desse modo, o mar Mediterrâneo transformou-se no Mare Nostrum. Roma reunia sob seu domínio povos de culturas diferentes. As regiões conquistadas foram transformadas em províncias e eram obrigadas a pagar altos tributos a Roma.
A Expansão Territorial de Roma.
Gradativamente, formaram um imenso império, transformando o mar Mediterrâneo num verdadeiro “lago romano", como eles diziam, o Mare Nostrum (Nosso Mar). Dotado de exército bem preparado e organizado os romanos iniciam as conquistas, seus soldados guardavam as fronteiras e sufocavam possíveis rebeliões. As legiões romanas eram formadas por cidadãos romanos e cada uma delas tinha 5 mil soldados, divididos em unidades as centúrias. Era através das guerras que Roma aumentava seu território e também a quantidade de contribuintes que pagavam tributos ao Estado. Os romanos exploravam os povos vencidos, extraindo riquezas de seus territórios (ouro, prata e outros metais) ou fazendo comércio com eles. Formou-se um impressionante sistema de estradas, com mais de 85 mil quilômetros. O transporte e o comércio também eram feitos por mar.
Não menos importante, era o grande fluxo de escravos para servir de mão de obra e distrair a população. Muitos escravos batalhavam pela vida nas lutas entre gladiadores nas arenas. O Coliseu era a mais famosa destas Arenas. Quando a situação política estava tensa, os líderes romanos convenientemente decretavam feriados e realizavam festas no Coliseu com distribuição de pão para o povo, era chamada política do Pão e Circo utilizada para desviar a atenção da população dos graves problemas.
Não menos importante, era o grande fluxo de escravos para servir de mão de obra e distrair a população. Muitos escravos batalhavam pela vida nas lutas entre gladiadores nas arenas. O Coliseu era a mais famosa destas Arenas. Quando a situação política estava tensa, os líderes romanos convenientemente decretavam feriados e realizavam festas no Coliseu com distribuição de pão para o povo, era chamada política do Pão e Circo utilizada para desviar a atenção da população dos graves problemas.
Conseqüências das conquistas romanas
O Império Romano durou cerca de 700 anos, mas a civilização romana sobreviveu muito mais. O latim, falado pelos romanos, foi a língua escrita de todos os europeus educados até o século XVI. Da mistura do latim vulgar, falado pelo povo, com a língua dos povos de várias regiões conquistadas, originaram-se as línguas neolatinas. As principais são o francês, o italiano, o espanhol, o romeno e o português. Muitas línguas européias modernas, como o inglês, apesar de não terem se originado do latim, apresentam muitas palavras de origem latina.
As conquistas provocaram inúmeras transformações econômicas, políticas e sociais:
• enriquecimento dos patrícios, que se apossaram das terras dos pequenos proprietários, recrutados para o serviço militar;
• aumento do número de escravos. Os prisioneiros de guerra, reduzidos à situação de escravos, substituíram o trabalhador livre. Os desempregados do campo migraram para as cidades;
• formação de uma nova camada social, a dos cavaleiros ou classe eqüestre. Eram plebeus que enriqueceram cobrando impostos e fornecendo víveres ao exército e que ganharam autorização de explorar novas terras, ricas em minérios;
• empobrecimento dos pequenos proprietários, pois muitos produtos das regiões dominadas chegavam a um preço muito baixo, competindo com a produção local.
A crise da República
Modelo exitoso, a República romana, esteve de pé por séculos. Nada parecia abalar suas estruturas, até que o assassinado de um membro, o tribuno da plebe Tibério Graco, pelos integrantes do Senado faz desabar a estabilidade . Era o fim da democracia e o surgimento do Império. Associado a crise política, outro fator importante foi o aprofundamento crise após as conquistas territoriais, que marcou o seu declínio da República. Nesse período, destacam-se os seguintes acontecimentos: as reformas dos irmãos Graco, os governos de Mário e Sila e os triunviratos.
Os irmãos Graco – Os tribunos da plebe
Os irmãos Tibério e Caio Graco, eleitos sucessivamente como tribunos da plebe, preocupados com os problemas sociais que se agravavam, propuseram reformas sociais:
• Tibério Graco, em 133 a.C., conseguiu a aprovação de uma lei que limitava o tamanho das terras dos aristocratas e autorizava a distribuição entre os pobres da área que ultrapassasse o limite estabelecido. Essa lei desagradou aos grandes proprietários de terras, que por acaso eram também senadores. Com a aprovação do povo a lei foi confirmada. Quando Tibério se candidatou à reeleição os senadores o espancaram até a morte e 500 de seus partidários foram assassinados. Apesar da lei considerar um sacrilégio, ninguém foi punido pelo crime, a justificativa dos senadores foi que Graco ameaçava à liberdade da República.
• Caio Graco, em 123 a.C., retomou o projeto de reforma agrária. Conseguiu a aprovação de uma lei que aumentava a participação da plebe na administração do Estado. Também conseguiu que o preço do trigo fosse reduzido. Sofreu oposição dos grandes proprietários e suicidou-se. Seus seguidores foram perseguidos e muitos foram condenados à morte.
Os desdobramentos dos assassinatos dos Gracos foram devastadores, pois a partir de então as tribunas perderam seu caráter sacrossanto e o homicídio já não era mais um modo impensável de conseguir os objetivos políticos
• Caio Graco, em 123 a.C., retomou o projeto de reforma agrária. Conseguiu a aprovação de uma lei que aumentava a participação da plebe na administração do Estado. Também conseguiu que o preço do trigo fosse reduzido. Sofreu oposição dos grandes proprietários e suicidou-se. Seus seguidores foram perseguidos e muitos foram condenados à morte.
Os desdobramentos dos assassinatos dos Gracos foram devastadores, pois a partir de então as tribunas perderam seu caráter sacrossanto e o homicídio já não era mais um modo impensável de conseguir os objetivos políticos
Os governos de Mário e Sila.
maioria foi submetida por seus proprietários. Com o aumento da instabilidade política, diversos militares passaram a disputar o poder. Nessa época, Roma conheceu os governos militares e autoritários dos generais Mário e Sila.
• Mário defendia a camada popular. Diminuiu os privilégios da aristocracia e estabeleceu o pagamento de salários aos soldados, o que levou à entrada de pessoas pobres no exército.
• Sila substituiu Mário e defendia a camada aristocrática. Perseguiu a classe popular e restabeleceu os privilégios dos aristocratas.
Primeiro Triunvirato
Após a morte de Sila, dois generais, Crasso e Pompeu, foram eleitos cônsules. Crasso havia enfrentado e vencido uma revolta de 80 mil escravos liderada por Espártaco, e Pompeu tinha derrotado os partidários de Mário na península Ibérica.
Com o objetivo de diminuir o poder do Senado, Pompeu aliou-se a Crasso e Júlio César e os três tomaram o poder, instituindo o Primeiro Triunvirato. Pompeu ficou com Roma e o Ocidente, Crasso com o Oriente, e Júlio César era o responsável pela Gália. Após a morte de Crasso, Pompeu deu um golpe de Estado, conseguindo do Senado sua nomeação para o cargo de cônsul único. César, que estava na Gália, voltou para Roma, com o objetivo de enfrentar Pompeu. Após sua vitória, César foi aclamado ditador vitalício.
Governo de Júlio César
O governo de Júlio César caracterizou-se pela tentativa de reduzir o poder do Senado. Promoveu várias reformas: diminuição dos abusos na arrecadação de impostos, extensão do direito de cidadania a vários povos, construção de estradas e reformulação do calendário (adotou o seu nome para o sétimo mês do ano). O Senado, contrariado com seus poderes, armou uma conspiração e, em 44 a.C., Júlio César foi assassinado nas escadarias do senado. Segundo a historiografia ao notar que entre os seus assassinos estava o seu filho adotivo Brutus, Júlio César antes de morrer teria dito “até tu filho”.
Segundo Triunvirato
Contudo, no ano seguinte, os partidários de César organizaram um novo governo forte, o Segundo Triunvirato, formado por Otávio, Marco Antônio e Lépido. Os triúnviros dividiram entre si a administração do império: Otávio ficou com Roma e o Ocidente, Marco Antônio recebeu o Oriente e Lépido ficou com a África, porém foi deposto em 36 a.C.
Nesse mesmo ano, Marco Antônio foi para o Egito e envolveu-se com a rainha Cleópatra. Otávio declarou Marco Antônio inimigo de Roma e partiu para o Oriente, a fim de combatê-lo. Otávio saiu vitorioso, e Marco Antônio e Cleópatra suicidaram-se. Otávio assumiu o poder. Recebeu do Senado vários títulos, entre eles os de Imperador, César e Augusto. Iniciava-se, assim, o Império.
O Império (27 a.C. a 476 d.C.)
O imperador detinha poderes absolutos. Exercia o comando do exército e legislava por meio de editos, decretos e mandatos. Ao Senado restou a posição de conselheiro do imperador. Otávio, o primeiro imperador, governou de 27 a.C. a 14 d.C. Em seu governo:
• foi criada a Guarda Pretoriana (elite da tropa), com a função de dar proteção ao imperador e à capital;
• foi dado incentivo à agricultura, ao comércio e à indústria;
• foi organizado um novo sistema de impostos;
• foram construídas várias obras públicas, o que gerou muitos empregos para os plebeus.
A paz, a prosperidade e as realizações artísticas marcaram o governo de Otávio Augusto, tanto que este período é conhecido como a “Pax Romana”. O século I, do qual fez parte o seu governo, ficou conhecido como o Século de Ouro da Literatura Latina, ou o Século de Augusto. Seu ministro, Mecenas, tinha grande interesse pelas artes e apoiou, entre outros, os escritores Horácio e Virgílio.
No governo de Otávio, nasceu na Palestina, uma das províncias romanas, Jesus Cristo. Posteriormente, seus ensinamentos começaram a ser difundidos em várias partes do Império, dando origem ao cristianismo.
Para ganhar popularidade, Otávio adotou a política do pão e circo. Distribuía trigo para a população pobre e organizava espetáculos públicos de circo para diverti-la.
Os sucessores de Otávio
Após o governo de Otávio, o Império Romano foi governado por várias dinastias que, em geral, levaram-no à instabilidade política, econômica e social.
• Dinastia Júlio-Claudiana (14-68) — período marcado por conflitos sangrentos. O imperador Nero foi responsável por incendiar Roma e pela perseguição aos cristãos.
• Dinastia dos Flávios (69-96) — os imperadores desta dinastia contaram com o apoio do exército, submeteram o Senado e governaram de forma despótica.
• Dinastia dos Antoninos (96-192) — período considerado de apogeu. O império atingiu sua maior extensão territorial, acompanhada de prosperidade econômica. O comércio se desenvolveu e houve grande afluxo de capitais para Roma.
• Dinastia dos Severos (193-235) — houve crises internas, fuga da população urbana para o campo, falta de dinheiro, inflação e pressão dos povos bárbaros nas fronteiras. O processo de instabilidade levou ao declínio do Império.
Atribui-se como principal causa da decadência a crise no sistema Escravista. Habitualmente a pergunta que se faz é porque o Império Romano desabou. Contudo muitos estudos sugerem um outro questionamento mais intrigante: Como foi possível diante de tantas crises, Roma durar tanto tempo? Em verdade podemos colocar a seguinte cadeia de eventos para explicar sucintamente o fim do Império romano:
Com o fim das guerras de conquista ocorreu a diminuição do afluxo de riquezas, paralelamente a diminuição da oferta de escravos, que se tornaram muito valorizados e assim afetou seriamente a economia visto que o trabalho escravo era o pilar de sustentação do sistema de produção econômica . Embora diversas tentativas fossem adotadas para resolver a crise, mas não surtiram efeito.
Em 284, Diocleciano implantou a Tetrarquia (governo de quatro pessoas) a fim de facilitar na administração de um império imenso. Mas a medida resultou em retumbante fracasso e acirrou ainda mais a crise, devido a disputa de poder pelos quatro reis.
Ano Domine 337, o imperador Constantino está morrendo e toma uma decisão que mudará para sempre a História de Roma. "A hora pela qual muito ansiava chegou e com o desejo sincero e orações que quero obter a salvação com Deus." O homem mais poderoso do Ocidente faz algo antes impensável: converte-se ao cristianismo. Durante séculos o cristianismo foi combatido e perseguido pelo Império Romano, mas agora não é mais problema ser cristão o imperador aceita e legaliza o cristianismo. A intenção de Constantino era buscar apoio dos cristãos, uma religião que passou de alguns milhares de adeptos para quase 6 milhões. Antes, em 330, transfere a capital do império para Constantinopla - atual Istambul, na Turquia.
Porém, era cada vez maior a pressão exercida pelos povos bárbaros (estrangeiros) nas fronteiras do império, quando em 476, Roma foi tomada pelos germânicos. Era o fim do Império Romano do Ocidente. O Império Romano do Oriente, também conhecido como Bizantino, duraria até 1453, quando foi dominado pelos Otomanos.
O Coliseu foi palco de espetáculos promovidos pelos imperadores para “divertir” o povo com a encenação das batalhas e lutas mortais entre os gladiadores. Antes de entrar em luta os gladiadores dirigiam ao imperador a seguinte frase: Ave Cesar os que vão morrer te saúdam. Nos primórdios do cristianismo muitos de seus seguidores eram lançados as feras na arena. Com o fim das guerras de conquista ocorreu a diminuição do afluxo de riquezas, paralelamente a diminuição da oferta de escravos, que se tornaram muito valorizados e assim afetou seriamente a economia visto que o trabalho escravo era o pilar de sustentação do sistema de produção econômica . Embora diversas tentativas fossem adotadas para resolver a crise, mas não surtiram efeito.
Em 284, Diocleciano implantou a Tetrarquia (governo de quatro pessoas) a fim de facilitar na administração de um império imenso. Mas a medida resultou em retumbante fracasso e acirrou ainda mais a crise, devido a disputa de poder pelos quatro reis.
Ano Domine 337, o imperador Constantino está morrendo e toma uma decisão que mudará para sempre a História de Roma. "A hora pela qual muito ansiava chegou e com o desejo sincero e orações que quero obter a salvação com Deus." O homem mais poderoso do Ocidente faz algo antes impensável: converte-se ao cristianismo. Durante séculos o cristianismo foi combatido e perseguido pelo Império Romano, mas agora não é mais problema ser cristão o imperador aceita e legaliza o cristianismo. A intenção de Constantino era buscar apoio dos cristãos, uma religião que passou de alguns milhares de adeptos para quase 6 milhões. Antes, em 330, transfere a capital do império para Constantinopla - atual Istambul, na Turquia.
Porém, era cada vez maior a pressão exercida pelos povos bárbaros (estrangeiros) nas fronteiras do império, quando em 476, Roma foi tomada pelos germânicos. Era o fim do Império Romano do Ocidente. O Império Romano do Oriente, também conhecido como Bizantino, duraria até 1453, quando foi dominado pelos Otomanos.
Cultura e legado – Conheça algumas criações dos romanos e a herança que nos deixaram em diversas áreas;
ARQUITETURA | Empregada para exaltar as glórias da nação, a arquitetura era a mais desenvolvida arte romana. Alguns elementos bastante utilizados eram os arcos e as colunas – de influência grega. Os romanos destacaram-se na construção de aquedutos, estradas, pontes, além de edificações de grande valor artístico, como o Coliseu e o Panteão em Roma. |
DIREITO | Com o idioma – o latim, que é a base de línguas atuais como o português, espanhol e italiano -, o direito é o maior legado romano. Dividido em civil, que regulamentava a vida dos cidadãos; Em estrangeiro, aplicado aos que não eram cidadãos; e o Natural, que regulamentava a vida de todos os habitantes de Roma, este é a base do atual sistema jurídico ocidental |
LITERATURA | Durante séculos, a literatura latina era basicamente a grega. A partir do fim do período Republicano, no entanto, os autores romanos começam a produzir obras originais e importantes Escritores como Virgílio, autor de Eneida, os dramaturgos Plauto e Tito Lívio, que escreveu o patriótico História de Roma. |
RELIGIÃO | Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Essas divindades se tornaram muito semelhantes às gregas, após o contato com esta civilização. A pregação de Jesus Cristo, nascido numa província do Império, deu origem ao Cristianismo, cujos seguidores eram perseguidos. Com a conversão do imperador Constantino, em 313, a religião cristã ganhou força e apoio do estado, situação que permitiu o surgimento da poderosa Igreja Católica ao aproveitar a estrutura organizacional romana para estruturar-se. |
Ruínas do Fórum Romano. Era o centro do poder do Império, local das decisões políticas e intrigas palacianas. Do legado deixado por Roma encontra-se os princípios do Direito Natural, base jurídica da maioria das nações ocidentais.
A divisão do Império
Ainda no século IV, os romanos assistiram às primeiras levas de bárbaros cruzarem as fronteiras do império à procura de terras para o cultivo e o pastoreio.
Teodósio, em seu governo, preocupado em melhorar a administração, em 395, dividiu o império entre seus dois filhos:
• O Império Romano do Ocidente, com capital em Roma;
• O Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla.
ESTOU ELABORANDO MAIS EXERCÍCIOS! AGUARDEM!! OBRIGADO.
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