segunda-feira, 5 de agosto de 2024

O PERÍODO REGENCIAL - BRASIL


A Abdicação de D. Pedro I, levou ao Período Regencial
CONTEXTO

Entre o Primeiro e o Segundo Reinado o jovem Império Brasileiro ficou nas mãos de governantes provisórios que enfrentaram forte instabilidade política e econômica. Após a abdicação de Dom Pedro I em 1831, o Brasil foi governado por regentes: líderes políticos que agiam em nome do herdeiro da coroa segundo impossibilitado de tomar posse por ser menor de idade, tinha apena cinco anos. As regências se estenderam até 1840 quando, aos 14 anos Dom Pedro II adquiriu antecipadamente a maioridade e assumiu o trono. Na Regência o país passou por grande agitação social e política entre as questões discutidas estavam a unidade territorial do Brasil e a centralização ou não do poder. O período costuma ser dividido em duas fases: o avanço liberal e o regresso conservador.


O AVANÇO LIBERAL.

Nessa primeira etapa do período regencial, três partidos disputavam o poder político o exaltado "Farroupilha", integrado pela esquerda Liberal que defendia a implantação de uma política Federal descentralizada. O "Moderado  ou Chimango" composto da direita Liberal que lutava pelos interesses dos grandes fazendeiros; O "Restaurador ou Caramuru" constituído pela direita conservadora, cujo maior objetivo era trazer Dom Pedro I de volta ao trono. Conseguiram se firmar como a principal força do período, implementando medidas liberais, porém contidas, que não chegaram a transformar radicalmente a estrutura socioeconômica do país. 

Regência Trina Provisória: depois da partida de Dom Pedro I, a Assembleia Geral (Parlamento) deveria eleger três líderes: uma Regência Trina para governar o país até a maioridade de Dom Pedro de Alcantara, em abril de 1831 O parlamento brasileiro estava em recesso e a maioria dos deputados e senadores não se encontrava no Rio de Janeiro, os poucos parlamentares restantes na capital elegeram uma Regência Provisória por escolhidos os senadores Nicolau de Campos carneiro de Campos e um representante do exército o Brigadeiro Lima e Silva. Eles permaneceram no poder por dois meses entre suas medidas se destacaram a reintegração do último Ministério depois do por Dom Pedro I e a suspensão temporária do Poder Moderador.

Regência Trina Permanente: Em junho, a Assembleia Geral elegeu a Regência Trina Permanente formada por três moderados ainda em 1831. Foi criada a Guarda Nacional, um corpo militar comandado pelos grandes fazendeiros os quais receberam a patente de coronel que foi usado para reprimir com violência as manifestações dos exaltados. Isto exigiu substituir a regência Trina pela Regência Una.

Regência Una: Formada apenas por um governante eleito pelo voto censitário para o mandato de 4 anos, mas se apresentaram um alto custo do avanço Liberal, a partir do então no período regencial seria marcado pela retomada do Poder pela direita: o regresso conservador.

As forças políticas do país se reorganizaram em 1836. Naquele ano morreu Dom Pedro I o que levou a extinção dos restauradores que pretendiam trazer de volta ao trono do Brasil, mas também haviam quase desaparecido por causa da repressão oficial ponto e os bandeirados, durante a campanha para as eleições da Regência Una em 1835 dividido dividiram-se em duas facções. A mais conservadora se une aos antigos restauradores e formou o Partido Regressista, um governo forte e centralizado agregou dos exaltados e compôs o partido progressista liderado por Diogo Feijó favorável a Monarquia Constitucional fez jovem em seu eleição e tornou-se tomou posse em outubro de 1835.

Regência Una de Feijó com o Parlamento dominado pela oposição, Feijó teve dificuldades para governar ele não conseguiu solucionar a crise financeira que atingiu o país nem conteve as rebeliões no Pará: A Cabanagem e no Rio Grande do Sul, a Revolta dos Farrapos conhecida como Farroupilha, em 1837 ele renunciou. Foi substituído pelo regressista Pedro de Araújo Lima confirmado no cargo pelas eleições de 1838. A Regência Una de Araújo Lima pegar os progressistas reformaram as principais medidas adotadas durante o avanço Liberal pela lei de interpretação do ato adicional o sistema jurídico. Para tentarem retornar o poder dos progressistas iniciam uma campanha pela antecipação da posse de Dom Pedro II. A causa ganhou as ruas em Julho de 1840 Dom Pedro II foi declarado maior de idade aos 14 anos. Era o fim do período regencial e o começo do Segundo Reinado - o chamado  Golpe da Maioridade deu certo para os progressistas que foram escolhidos pelo jovem imperador para compor seu ministério.





AS REVOLTAS NA REGÊNCIA

O período das regências foi marcado por uma série de rebeliões provinciais. De maneira geral elas foram motivadas pela miséria da população e pelo descontentamento com o governo central. As principais revoltas foram cabanagem no Pará de 1835 a 1840, Sabinada na Bahia de 1837 a 1838; Balaiada no Maranhão de 1838 a 1841 Revolta dos Farrapos de 1835 a 1845 e a Revolta dos Malês que durou apenas alguns dias na cidade de Salvador Bahia em 1835.
A Guarda Nacional, criada por Diogo Feijó, em 1831, formalizou a estrutura do poder das grandes oligarquias agrárias o coronelismo que se mantém até hoje no país. Os mais típicas práticas dos coronéis é a formação dos currais eleitorais aproveitando-se da miséria da população os grandes latifundiários oferecem favores como roupa ferramenta emprego em troca de voto o que contribuiu para a manutenção dessas elites no poder político até os dias atuais. 
Bandeira do Brasil Império

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