sábado, 3 de maio de 2025

RENASCIMENTO

 



Um recorte da obra de Michelangelo: A criação do Homem, no teto da Capela Sixtina (Vaticano).

Renascimento

O Renascimento foi o movimento intelectual e artístico que ocorreu entre o século 14 e 16 na Europa. Apresentou uma nova visão de mundo da sociedade que se formava após o surto de desenvolvimento comercial e urbano iniciado no fim da Idade Média. Se na estática estrutura social dos feudos valia a força da coletividade e uma conformada submissão aos desígnios de Deus. Na dinâmico das cidades modernas se valorizava o indivíduo e o seu imenso potencial de alto aperfeiçoamento e criação.


Características

O elemento central do movimento renascentista foi o humanismo corrente filosófica que se baseava no Antropocentrismo considerar o ser humano Como o centro do universo para os humanistas, o homem é dotado de uma capacidade quase divina de criar e, ao exercê-la se aproxima de Deus.

Ao rejeitarem com tenacidade os ideais medievais do Teocentrismo, segundo os quais Deus era o centro de tudo e a fé se sobrepunha a razão e ao se inspirar em pensadores da antiguidade clássica, os humanistas julgavam está promovendo um renascimento da cultura daí o nome pela qual batizaram o período em que viveram: Renascimento.
Outras características fundamentais do renascimento foram o naturalismo, ou seja, a busca por uma representação da natureza fiel a realidade. O racionalismo a valorização da razão. O individualismo que defende o prazer do sujeito como um único bem possível e valoriza o potencial criativo e intelectual.


Difusão do Renascimento

Seguido pelas rotas comerciais o Renascimento chegou a várias partes da Europa. Os Países Baixos (Holanda) destacaram-se na pintura e na filosofia humanista com Erasmo de Rotterdam. Na Inglaterra surgiu outro expoente do humanismo Thomas Morus, autor de Utopia e de um dos maiores dramaturgos de todos os tempos William Shakespeare. A Península Ibérica não incorporou completamente os valores renascentistas, mas também produziu célebres escritores do período como português Luís de Camões autor de Os Lusíadas e o espanhol Miguel de Cervantes cuja obra Don Quixote de La Mancha se tornou um clássico da literatura hispânica.


O berço do Renascimento.

Intrinsecamente ligado ao desenvolvimento comercial e urbano, o Renascimento surgiu e atingiu o ápice na região da Europa onde essas transformações ocorreram antes e de maneira mais intensa os italianas. Foi lá que apareceram os primeiros burgueses endinheirados dispostos a patrocinar artistas e cientistas eram chamados de mecenas. Os Médici, de Florença,  de fato o renascimento foi um movimento essencialmente elitista, pois só existia para a alta burguesia e para a nobreza. A Renascença italiana costuma ser dividida em três fases o Trecento (Trezentos) século 14, o Quatrocento século 15 e o Cinquecento século XVI.
O Trezentos foi o período em que se começou a romper com os modelos artísticos da Idade Média na pintura destacou-se imagens sacras com forte traço naturalista. Assim como na literatura que em vez do latim identificado como a cultura eclesiástica medieval passou a utilizar o dialeto local e assim originou o atual idioma italiano.
O chamado quatrocentos caracterizou-se por intensa produção artística e extrema evolução intelectual. Foi quando graças ao financiamento dos mecenas, os artistas começaram a deixar de ser encarados como simples artesãos para se tornar profissionais Independentes como foi o caso de Leonardo Da Vinci e Sandro Botticelli.
No chamado quinhetos, no século XVI, Roma substituiu Florença como principal centro de Arte da Itália e a Igreja Católica tornou-se a grande Mecenas do período. Os maiores artistas plásticos do período produziram importantes obras para a igreja. Da literatura sistematizou-se o uso da língua italiana através de autores como Maquiavel, como  o mais importante pensador político do período e autor da obra conhecida como O Príncipe, ensaio sobre a arte do bem governar que defende a falta de escrúpulos, o uso da força e a diminuição da atuação política da igreja. 
Foi também neste período que viveram os grandes cientistas do renascimento, o polonês Nicolau Copérnico, o alemão Kepler, os italianos Giordano Bruno e Galileu Galilei, todos astrônomos defensores da revolucionária teoria heliocêntrica, ou seja, o sol como o centro do sistema solar, afirmação que rompeu com a suposta verdade da Igreja católica que afirmava ser a Terra o centro do sistema solar. Esses pensadores foram os primeiros a utilizar o método científico, uma série rigorosa de testes que pretende garantir a veracidade da teoria. Era dividido em três partes: Observar, experimentar e concluir.
No entanto Galileu e Jordano Bruno foram condenados pela igreja católica de heresia por suas constatações científicas da Teoria Heliocêntrica. Em 1609, utilizando o telescópio que ele mesmo desenvolvera Galileu Galilei observou montanhas e crateras na lua estudou constelações e constatou a existência dos satélites em Júpiter entre outras descobertas. Suas observações reforçaram a ideia de que a Terra não ficava no centro do sistema solar teoria que contrariava a Igreja. Assim, julgado e condenado à prisão pela inquisição Galileu foi obrigado a renegar sua tese. Finalmente depois de 341 anos veio o perdão a Galileu. Em 1992 a Igreja católica reconheceu o erro do processo de heresia e o absolveu postumamente.



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