sexta-feira, 29 de março de 2013

A fundação de Salvador - Parte II



A presença da Igreja na formação dos limites da cidade de Salvador

Além das características de defesa, portuárias e de produção agrícola, a cidade define-se também pela presença marcante da Igreja Católica, inicialmente, com a Companhia de Jesus e seus missionários que aqui se estabeleceram para fins de catequese. A eles se deve a primeira ermida construída - a de Nossa Senhora da Conceição - na área da praia, a instituição do primeiro bispado do Brasil, em 1551, com a sua Sé.       
Jesuítas e Franciscanos estruturaram-se dentro dos limites reservados à cidade, após a primeira expansão, enquanto os Beneditinos e os Carmelitas, ainda fora das portas da cidade, posicionaram-se de forma estratégica onde se previa o crescimento da cidade, demarcando o seu território e, ao mesmo tempo, reforçando os vetores de expansão no sentido norte / sul (UFBA, FAUFBA-CEAB, 1998, p.58-59). É perceptível o poder de definição da Igreja Católica cuja influência recaia na estrutura das cidades colonizadas, nesta época. 
Se os espaços livres no entorno de edificações religiosas cumpriam a função de atendimento a ritos religiosos, para muito além desta necessidade, traziam também o objetivo de permitir o enquadramento e a valorização do conjunto, demonstrando a força e o prestígio da entidade e dos seus dirigentes. A construção da Sé (demolida em 1913), que substitui a igreja de palha inicial (localizada nas imediações da atual Igreja da Ajuda), surge ainda em finais do século XVI, entre as duas grandes praças do primeiro núcleo, em posição privilegiada e área fronteiriça à escarpa, de frente para a baia. É a Igreja do Salvador – a Sé Episcopal. Situada em pequeno terreno livre e sem vegetação que contorna toda a igreja, “[...] está em redondo cercada de terreiro [...], faltam torres de sinos [...] alta e sóbria que por sua vez articula-se por rua larga com uso de comércio”. No lugar da anterior capela de palha constrói-se a Igreja de N. S. d’Ajuda, “com capela em abóbada”, conservando “aquele” seu espaço fronteiriço (Soares, apud UFBA, 1998, p.53).

Expansão de Salvador em 1553.
Percebe-se claramente a interferência dos jesuítas no traçado do “terreiro”. Espaço monumental e geometri-camente bem definido, ganha o nome de Terreiro de Jesus por abrigar o colégio e a igreja da ordem. Espaço nascido para o exercício do sagrado e da formação cultural, começa a ser edificado a partir da segunda metade do século XVI e constitui o segundo largo da cidade e local da primeira escola oficial brasileira. Seu entorno contém também edificações residenciais e, na seqüência, a ordem dos franciscanos demarca o espaço com o seu cruzeiro, símbolo da ordem (Cruzeiro de São Francisco). Nesses elementos que formam um conjunto religioso.


Expansão de Salvador em 1580.                                                                   A expansão da cidade para o Norte e Sul.       

A cidade extrapola os muros e em 30 anos após a criação do núcleo urbano primordial edificado por mestre Luis Dias já estava expandindo para o norte em direção a porta do Carmo localizada nas imediações do largo do Pelourinho e subindo para o Convento do Carmo. Conforme relato sobre a cidade do Salvador em 1584 diz que a cidade foi "murada e torreada no tempo do governador Tomé de Souza e depois os muros vieram ao chão, por serem de taipa, e não se repararem nunca.... por ser a cidade ir estendendo muito por fora dos muros, e agora não há memória onde eles estiveram”.  Ao Sul a cidade cresce ultrapassando os limites da garganta entre da porta de São Bento e a Barroquinha. O mosteiro de São Bento já é uma referência dos caminhos que a cidade começa a tomar. O caminho do Conselho o que hoje corresponde a Avenida Sete de Setembro, liga a Vila Velha a antiga povoação do Pereira e passava por varias aldeias de índios. Na Praia que hoje corresponde ao bairro do Comércio na cidade baixa, era a área de preferência comercial ligado ao ramo de importação e exportação e também era zona de construção naval, com vários estaleiros e presença de trabalhadores do setor naval.

A planta urbana é de 1630. Observe a limitação do núcleo primitivo da cidade ainda demarcado pelas muralhas.

Em 1600, já havia uma praça central, na área administrativa circundada pelos edifícios do governo, da prisão, da alfândega e onde se localizava o pelourinho (uma coluna de pedra com grandes argolas de bronze, na qual eram açoitados escravos). As igrejas completavam o cenário. O material usado na construção dos prédios, como pedras de liós e azulejos, era importado de Portugal por imposição da Coroa. Até as casas seguiam o modelo português: estreitas, tinham frente rente à calçada, janelas com treliças, típicas da arquitetura lusitana, e jardins nos fundos.

Os grupos étnicos

Três grupos étnicos fizeram parte do povoamento inicial de Salvador: o índio, o branco e o negro. Os habitantes primitivos do Recôncavo Baiano eram índios tupinambás e tupiniquins, tribos pertencentes ao grupo tupi. As relações cordiais entre colonos e índios deterioraram a partir de 1530 – quando as lavouras de cana-de-açúcar se expandiram e os portugueses tentaram, sem sucesso, escravizar os índios – em conflitos violentos, que resultaram no extermínio dos nativos. Atualmente na área do município de Salvador não possuí nenhum núcleo de população indígena.  A seguir está o relato de Gabriel Soares de Sousa, senhor de engenho e cronista na Bahia do século XVI, descreve suas impressões sobre o modo de vida dos Tupinambás, uma das tribos que habitavam a região do Recôncavo Baiano: 
“Têm os Tupinambás grande conhecimento da terra por onde andam, pondo o rosto no sol, por onde se governam; com o que atinam grandes caminhos pelo deserto, por onde nunca andaram (...). Costuma este gentio, quando anda pelo mato sem saber novas do lugar povoado, deitar-se no chão, e cheirar o ar, para ver se lhe cheira a fogo, o qual conhecem pelo faro a mais de meia légua,(...) e por os Tupinambás terem este conhecimento da terra e do fogo, se faz muita conta deles, quando se oferece irem os Portugueses à guerra a qualquer parte, onde os Tupinambás vão sempre diante, correndo a terra por serem de recado, e mostrando a mais gente o caminho por onde hão de caminhar, e o lugar onde se hão de aposentar cada noite (...)"..


Ao perceberem que os índios eram arredios ao trabalho forçado, os colonos passaram a explorar a mão-de-obra dos negros, capturados no litoral oeste da África. Os principais grupos afros que seguiram para a Bahia vieram do Sudão, da Nigéria, de Daomé e da Costa do Marfim. No fim do século XVIII, cerca de 60% da população de Salvador era de raça negra. Hoje, Salvador ainda mantém essa mesma proporção de negros ou descendentes.


Salvador sitiada – A ocupação Holandesa

Em primeiro lugar é necessário esclarecer que o termo holandês não existia em 1624. O país Holanda não existia. Antes a área que atualmente corresponde a Holanda, era conhecida como os Países-Baixos, ocupada por cidades-estados, cidades comerciais que são auto-suficientes na sua estrutura, entre elas: Amsterdã, Roterdã, Leiden. Podemos afirmar que a Holanda de hoje foi formada a partir das chamadas empresas de sociedade anônimas, ai sim, encontramos alguma relação com as invasões no Brasil e mais precisamente na Bahia. 
As principais companhias da época eram a Companhia das Índias Ocidentais e a Companhia das Índias Orientais. Em verdade não é o Estado holandês que vai invadir a Bahia e sim uma empresa privada a Companhia das Índias Ocidentais, que tinha entre seus funcionários um príncipe de nome Maurício de Nassau. Por que a Bahia é escolhida para ser o ponto de tomada de uma empresa de capitais ou sociedade anônima que se instala na Holanda?
Por uma razão muito simples, o açúcar era o grande negócio e o ponto estratégico da rota da Índia era outro grande negócio e ambos aportavam na cidade do Salvador. A Companhia das Índias Ocidentais transfere-se do interesse puramente mercantil para o interesse também militar. Isto é, tomar a cidade que significava a continuação do esquema de comercio privado, do esquema particular das negociações, da carreira da Índia e da produção interna de açúcar. A Companhia das Índias Ocidentais passa a ser uma empresa militar para a conquista da Bahia. A grande motivação desta invasão foi como decorrência da união das coroas de Portugal e Espanha (a Espanha proibiu o Brasil de ter relações comerciais com a Holanda),então em decidem 1623 assaltar a Bahia.
 Em maio de 1624 chegava a Salvador a esquadra comandada por Jacob Willekens, tendo sob suas ordens 26 navios e 500 bocas de fogo; os invasores ocuparam facilmente a cidade, nela permanecendo por um ano, até serem rechaçados pela armada luso-espanhola, comandada por D. Fradique de Toledo Osório.
Inconformados com a perda da metrópole, a ela retornaram os holandeses em 1638, quando já fortemente estabelecidos em Pernambuco, tomado em 1630. Dessa feita, o ataque foi comandado por Maurício de Nassau, que, havendo iniciado o assédio em 16 de abril, retirou-se, batido, em 29 de maio. Comandou a defesa o conde de Bagnuolo. Vê-se que a presença holandesa na Bahia foi mais curta e este mito de que os holandeses construíram dique e fortificação não passa de invencionice popular. O tempo em que aqui estiveram estava tomado por  preocupação na defesa de sua posição frente a reação dos habitantes de Salvador, não havia espaço para realizar construções.  
Fonte: (Transcrição adaptada da palestra de Cid Teixeira efetuada no Crea-Ba)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Exercício Roma

ESTE EXERCÍCIO ABRANGE APENAS ORIGENS, MONARQUIA E REPÚBLICA.  

PARTE I - QUESTÕES DISCURSIVAS - (Verifique as respostas no final da página)

1- A respeito da localização geográfica, onde estava localizada Roma?
2- Explique a origem lendária e histórica de Roma,
3- Quais as fases da história política de Roma?
4- Como podemos caracterizar o poder político no período da monarquia?
5- Sobre a estrutura da sociedade romana na fase da Monarquia, como estava dividida?
6- Caracterize os segmentos sociais que compunham a sociedade no período monárquico.
7- Explique as características gerais da República romana.
8- Quais as atribuições do Senado?
9- Em linhas gerais como estava estruturada o poder político na República?
10- Roma e Cartago pegaram em armas e foram a guerra. Qual o motivo das Guerras Púnicas?  



PARTE II - QUESTÕES OBJETIVAS -  (Verifique as respostas no final da página)
1- Assinale a alternativa correta. Em relação as fases da História política de Roma podemos afirmar que divide-se em:
a) Monarquia e Republica.
b) Monarquia, República e Império.
c) Tirania, República e Império.
d) Monarquia, República, Império e Democracia.
e) República, Império e Democracia.

2- Leia o texto:

"Os homens que combatem e morrem por Roma, têm o ar, a luz e mais nada (...). Lutam e perecem para sustentar a riqueza e o luxo de outro, mas embora sejam chamados senhores do mundo, não têm um único torrão de terra que seja seu." (Tibério Graco - Perry Anderson, PASSAGEM DA ANTIGÜIDADE AO FEUDALISMO, pág. 60)
Os irmãos Tibério e Caio Graco, Tribunos da Plebe romana, pretendiam:

a) limitar a área de terras públicas ocupadas por particulares e distribuí-las aos mais pobres.
b) limitar a área de latifúndios e distribuir as terras públicas aos Patrícios.
c) limitar o direito de cidadania romana aos habitantes da região de Roma.
d) limitar a expansão territorial derivada de urna prolongada política de conquista e anexação de terras.
e) limitar a desapropriação dos latifúndios e estabelecer propriedades coletivas.


3- Foi junto com Crasso e Pompeu um dos triúnviros do governo em Roma. Promoveu várias reformas, construção de estradas e a reformulação do calendário. Empreendeu várias e venceu várias guerra. Tentou reduzir o poder do Senado, mas isto lhe custou a vida. Nas escadarias do senado foi assassinado em 44 a.C. e entre seus algozes estava seu filho adotivo. Estamos nos referindo a qual personagem da história política de Roma?

a) Júlio César.          b) Diocleciano.            c) Teodósio.          d) Constantino.            e) Augusto.


4-A implosão do império Romano deveu-se basicamente a qual fator?
a)Às transformações ocorridas na agricultura romana em decorrência da expansão militar no Mediterrâneo, quando a agricultura para exportação arruinou a pequena propriedade. 
b) às transformações econômicas que assinalaram a decadência da exploração coletiva do solo e a restauração da propriedade privada da terra durante o período da Realeza.
c) Atribui-se como principal causa da decadência a crise no sistema Escravista.
d) Devido a divisão do Império em Ocidente com capital em Roma e Oriente com capital em Bizâncio, enfraquecendo o controle dos imperadores sobre as fronteiras do império.
e) N.D.A


5- O império romano agonizava, ainda no século IV, os romanos assistiram às primeiras levas de bárbaros cruzarem as fronteiras do império à procura de terras para o cultivo e o pastoreio. Teodósio, em seu governo, preocupado em melhorar a administração e salvar o império, em 395 adota a seguinte medida:

a) Divide o império romano em: do Ocidente, com capital em Roma e do Oriente, com capital Constantinopla. 
b) Adota o cristianismo como religião oficial a fim conseguir maior quantidade de adeptos para o seu governo. 
c) Institui a Paz Romana, uma trégua com objetivo de diminuir a tensão nas fronteiras e evitar as invasões.
d) Empreende uma das maiores campanhas militares da história romana para reprimir as invasões bárbaras.
e) N.D.A


6- (FUVEST) A civilização ocidental contemporânea apresenta traços marcantes que revelam o legado cultural da civilização romana. A respeito da herança cultural romana assinale a alternativa correta.    

a)-O idioma usado pelos romanos - o latim - que deu origem às chamadas línguas germânicas, e o Direito Romano, que constituiu a base da legislação ocidental.
b)- O idioma usado pelos romanos - o latim - que deu origem às chamadas línguas neolatinas, e o Direito Romano, que constituiu a base da legislação ocidental.
c)-O idioma usado pelos romanos - o italiano - que deu origem às chamadas línguas neolatinas, e o Direito Romano, que constituiu a base da legislação ocidental.
d)- O idioma usado pelos romanos – o italiota - que deu origem às chamadas línguas inglesas, e o Direito Penal, que constituiu a base da legislação ocidental


RESPOSTAS GABARITO : Parte I e II
Parte I:

1- Localizada na Península Itálica, no continente europeu.
2- Segundo a lenda os gêmeos órfãos Rômulo e Remo foram amamentados por uma loba, até que um pastou os encontrou e os criou. Já adultos Rômulo e Remo retomam o controle do Lácio e em troca recebem terras nas margens do Rio Tibre. A partir deste episódio iniciam fundação de Roma. Em uma disputa matou Remo e tornou-se o primeiro rei de Roma.
Entretanto pelas pesquisas históricas sabe-se que a região do Lácio era habitada por povos pastores que, para se defenderem de possíveis invasões, se estabeleceram nas colinas próximas ao rio Tibre. Sentindo-se ameaçados, os latinos se uniram sob a liderança de uma das aldeias, Roma. Roma foi dominando todos os povos da península, unificando-os sob seu poder.
3- Monarquia, República e Império
4- O poder estava centralizado nas mãos do rei que era escolhido pela Assembléia Curial, o cargo era vitalício, exerciam a função de juiz, sacerdote e militar, mas tinham o poder limitado pelo Senado.
5- Patrícios, clientes, plebeus e escravos.
6- patrícios — Eram os aristocratas, os grandes proprietários de terras, os únicos que podiam ocupar cargos políticos, religiosos e militares. Eram a elite da sociedade.
clientes - Eram os plebeus apadrinhados por patrícios aos quais deviam obediência, geralmente prestavam serviços não braçais .
plebeus — homens livres, mas considerados estrangeiros; não tinham direitos políticos. Eram pequenos agricultores, pastores, comerciantes e artesãos. Constituíam a maioria da população.
escravos — em número reduzido, originados dos povos conquistados eram considerados "coisa" (res).
7- República significa "coisa de todos". Regime no qual o governante exerce o poder por tempo determinado. O Senado concentrava poder a ponto de ter controle das ações do governante. As pricipais estruturas de poder na República eram o Senado e as Assembléias.
8-
O Senado era o órgão que detinha maior poder, composto de senadores vitalícios. Eram suas atribuições: elaborar as leis, cuidar das questões financeiras e religiosas, conduzir a política externa, administrar as províncias, participar da escolha do ditador.


9- A República estava assentada no poder político do Senado e das Assembléias. 


10- O choque de interesses entre Roma e Cartago pelo controle do comércio marítimo do Mediterrâneo.


 Parte II
1-B; 2-A; 3-A;4-C;5-A;6-B





PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA USADAS NO NOSSO VOCABULÁRIO


PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA USADAS NO NOSSO VOCABULÁRIO

A

abará: bolinho de feijão.
acará: peixe de esqueleto ósseo.
acarajé: bolinho de feijão frito (feijão fradinho).
agogô: instrumento musical constituído por uma dupla campânula de ferro, produzindo dois sons.
angu: massa de farinha de trigo ou de mandioca ou arroz.

B
bangüê: padiola de cipós trançados na qual se leva o bagaço da cana.
bangulê: dança de negros ao som da puíta, palma e sapateados.
banzar: meditar, matutar.
banzo: nostalgia mortal dos negros da África.
banto: nome do grupo de idiomas africanos em que a flexão se faz por prefixos.
batuque: dança com sapateados e palmas.
banguela: desdentado.
berimbau: instrumento de percussão com o qual se acompanha a capoeira.
búzio: concha.

C
cachaça: aguardente.
cachimbo: aparelho para fumar.
cacimba: cova que recolhe água de terrenos pantanosos.
Caculé: cidade da Bahia.
cafife: diz-se de pessoa que dá azar.
cafuca: centro; esconderijo.
cafua: cova.
cafuche: irmão do Zumbi.
cafuchi: serra.
cafundó: lugar afastado, de acesso difícil.
cafuné: carinho.
cafungá: pastor de gado.
calombo: quisto, doença.
calumbá: planta.
calundu: mau humor.
camundongo: rato.
Candomblé: religião dos negros iorubás.
candonga: intriga, mexerico.
canjerê: feitiço, mandinga.
canjica: papa de milho verde ralado.
carimbo: instrumento de borracha.
catimbau: prática de feitiçaria .
catunda: sertão.
Cassangue: grupo de negros da África.
caxambu: grande tambor usado na dança harmônica.
caxumba: doença da glândula falias.
chuchu: fruto comestível.
cubata: choça de pretos; senzala.
cumba: forte, valente.
Cumbe: povoação em Angola.

D
dendê: fruto do dendezeiro.
dengo: manha, birra.
diamba: maconha.

E
efó: espécie de guisado de camarões e ervas, temperado com azeite de dendê e pimenta.
Exu: deus africano de potências contrárias ao homem.

F
fubá: farinha de milho.

G
guandu: o mesmo que andu (fruto do anduzeiro), ou arbusto de flores amarelas, tipo de feijão comestível.

I
inhame: planta medicinal e alimentícia com raiz parecida com o cará.
Iemanjá: deusa africana, a mãe d’ água dos iorubanos.
iorubano: habitante ou natural de Ioruba (África).

J
jeribata: alcóol; aguardente.
jeguedê: dança negra.
jiló: fruto verde de gosto amargo.
jongo: o mesmo que samba.

L
libambo: bêbado (pessoas que se alteram por causa da bebida).
lundu: primitivamente dança africana.

M
macumba: religião afro-brasileira.
máculo: nódoa, mancha.
malungo: título que os escravos africanos davam aos que tinham vindo no mesmo navio; irmão de criação.
maracatu: cortejo carnavalesco que segue uma mulher que num bastão leva uma bonequinha enfeitada, a calunga.
marimba: peixe do mar.
marimbondo: o mesmo que vespa.
maxixe: fruto verde.
miçanga: conchas de vidro, variadas e miúdas.
milonga: certa música ao som de violão.
mandinga: feitiçaria, bruxaria.
molambo: pedaço de pano molhado.
mocambo: habitação muito pobre.
moleque: negrinho, menino de pouca idade.
muamba: contrabando.
mucama: escrava negra especial.
mulunga: árvore.
munguzá: iguaria feita de grãos de milho cozido, em caldo açucarado, às vezes com leite de coco ou de gado. O mesmo que canjica.
murundu1: montanha ou monte; montículo; o mesmo que montão.
mutamba: árvore.
muxiba: carne magra.
muxinga: açoite; bordoada.
muxongo: beijo; carícia.
maassagana: confluência, junção de rios em Angola.

O
Ogum ou Ogundelê: Deus das lutas e das guerras.
Orixá: divindade secundário do culto jejênago, medianeira que transmite súplicas dos devotos suprema divindade desse culto, ídolo africano.

P
puita: corpo pesado usado nas embarcações de pesca em vez fateixa.

Q
quenga: vasilha feita da metade do coco.
quiabo: fruto de forma piramidal, verde e peludo.
quibebe: papa de abóbora ou de banana.
quilombo: valhacouto de escravos fugidos.
quibungo: invocado nas cantigas de ninar, o mesmo que cuca, festa dançante dos negros.
queimana: iguaria nordestina feita de gergelim .
quimbebé: bebida de milho fermentado.
quimbembe: casa rústica, rancho de palha.
quimgombô: quiabo.
quitute: comida fina, iguaria delicada.
quizília: antipatia ou aborrecimento.

S
samba: dança cantada de origem africana de compasso binário ( da língua de Luanda, semba = umbigada).
senzala: alojamento dos escravos.
soba: chefe de trigo africana.

T
tanga: pano que cobre desde o ventre até as coxas.
tutu: iguaria de carne de porco salgada, toicinho, feijão e farinha de mandioca.

U
urucungo: instrumento musical.

V
vatapá: comida.

X
xendengue: magro, franzino.

Z
zambi ou zambeta: cambaio, torto das pernas.
zumbi: fantasmas.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Exercícios Roma - Império.


Respostas das questões da página 147 - Livro didático.

1- Quais foram as principais medidas de Otávio Augusto para fortalecer seu poder?
A princípio, Otávio manteve o Senado que era uma instituição símbolo da República. Mas, logo o poder concentrou-se em sua pessoa, embora o Senado nunca tenha desaparecido. Otávio recebeu títulos como o de Imperador e foi aclamado de Augusto, título reservado às divindades. Governou durante 40 anos, ao longo dos quais promoveu reformas na sociedade romana, destituiu senadores corruptos, perdoou dívidas dos camponeses com o Estado, criou o tribunal de pequenas causas, distribuiu alimentos aos pobres e incentivou espetáculos públicos.

2- Como a política do "pão e circo" foi consolidada no governo de Otávio Augusto?
As festas e espetáculos patrocinadas pelo governo de Otávio serviam para manter ocupada a população pobre e desempregada. Foram construídos anfiteatros para a realização de diversos espetáculos. No Coliseu, organizavam-se as lutas dos gladiadores; no Circo Máximo, havia corridas a pé, a cavalos e de bigas (espécie de carroça), além das termas, teatros, jogos de azar e grandes festas em homenagens aos generais vitoriosos.

3- Após a morte de Otávio Augusto quais o problemas políticos mais graves do Império Romano?
O império atravessou um período de turbulência política provocada por disputas sangrentas ao poder. Traições, conspirações e assassinatos eram comuns entre os imperadores. Entre os quais Calígula, um devasso, louco e sanguinário, além de Nero um inepto e perturbado mental que trouxeram o caos ao Império. O quadro mudou quando o general Vespasiano assume o trono e apaziguou o Império.

4-A Escreva um texto sobre a "Pax romana".
Nesse período, a produção literária e artística assumiu características tipicamente romanas, deixando de lado a influência gregas (helenismo) a exemplo das obras de Virgílio e Cícero. A arquitetura também inovou com a invenção de arcos sustentados por pilares (arcos romanos) o que permitiu a construção de pontes e aquedutos (canais para transporte da água). A descoberta do cimento impulsionou a construção de grandes edificações. Na política a paz romana representou um período de calmaria em diversas regiões do império e isso foi possível em virtude da prosperidade econômica e ao controle militar da fronteiras, que impedia a entradas de povos invasores.

5-Descreva as características gerais da religião dos romanos anterior à difusão do cristianismo.
A religião cumpria diversas funções na vida dos romanos. Havia práticas domésticas de adoração aos antepassados e aos deuses e deusas que podiam oferecer proteção, prosperidade e boas colheitas. Em paralelo havia os cultos públicos nos santuários erguidos aos diversos deuses. Os sacerdotes tinham importância política e serviam de consultores em diversos assuntos do governo. Muitas divindades tinham origem grega que recebiam uma nova denominação pelos romanos como por exemplo a deusa da sabedoria a Atena (grega) era a Minerva (romana).

6-Quais as características do cristianismo e por que vários imperadores romanos perseguiam seus adeptos?
O cristianismo baseia-se nos ensinamentos de Jesus, que teria vivido na Palestina no séc. I, na época uma remota província romana. Seus seguidores - os cristãos - acreditavam que Jesus é o filho de Deus, enviado à Terra para pregar o amor ao próximo e redimir a humanidade dos seus pecados. As autoridades romanas não admitiam que se atribuísse caráter divino a outras pessoas que não aos imperadores, motivo pelo qual passaram a perseguir os cristãos. Além disso pregar o amor universal, sem distinção entre ricos e pobres, senhores e escravos, era uma das bases do cristianismo, mas isto desconstruía e chocava-se com os postulados romanos entre os quais estava a estabilidade social, baseada na escravidão. Esses, em tese, teriam sido os motivos para a condenação de Jesus à crucificação.   

7-Quais foram as duas medidas cruciais para Roma tomadas pelo imperador Constantino?
Duas decisões de Constantino se tornaram historicamente muito importantes. A primeira foi em 313 d.C., ao decretar o fim das perseguições religiosas e conceder liberdade de culto aos cristãos. Isso aproximou definitivamente o cristianismo do Império Romano e permitiu a formação de uma igreja católica e romana. A segunda foi a transferência da capital do Império de Roma para Bizâncio ou Constantinopla (atual Istambul, Turquia) cidade que tornaria posteriormente a capital do Império Romano do Oriente.

8- Faça uma síntese sobre as invasões do império Romano, definia os povos invasores, por que invadiram e como eram considerados pelos romanos?
A maioria dos povos que invadiram o Império Romano do Ocidente era de origem germânica. Antes das invasões estes povos habitavam a parte leste do império. O movimento em direção ao Império foi provocado por dois fatores: por um lado, as incursões dos hunos que empurraram diversos povos germânicos a migrar para dentro das fronteiras do império romano, em alguns casos à procura de proteção; por outro lado, a crise interna do império enfraqueceu as defesas militares das áreas de fronteira, facilitando a penetração de vários povos estrangeiros que para os romanos eram denominados de "bárbaros" que significa os "não romanos".    









quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

BOAS FESTAS!!!


PREZADOS,


DESEJO-LHES FELIZ NATAL E QUE 2012 SEJA REPLETO DE PROSPERIDADE E LINDAS HISTÓRIAS.
AGRADEÇO A TODOS QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUEM PARA ESTE BLOG EXISTIR!!


EM 2012 VOLTAREMOS A NOS ENCONTRAR AQUI.


SUCESSO A TODOS!!


FERNANDO

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Prova de Recuperação 3º ano



Prezados alunos.

Abaixo está a prova de recuperação com as respostas (realçadas em vermelho). Informo que de forma geral os resultados obtidos foram positivos.
Aguardem o resultado final que será divulgado em 22/12. Boa sorte!!


1- (ENEM 2011) É difícil encontrar um texto sobre a Proclamação da República no Brasil que não cite a afirmação de Aristides Lobo, no Diário Popular de São Paulo, de que “o povo assistiu àquilo bestializado”. Essa versão foi relida pelos enaltecedores da Revolução de 1930, que não descuidaram da forma republicana, mas realçaram a exclusão social, o militarismo e o estrangeirismo da fórmula implantada em 1869, isto porque o Brasil brasileiro teria nascido em 1930. MELLO, M. T. C. A república consentida: cultura democrática e científica no final do império. Rio de Janeiro: FGV, 2007 (adaptado).    
O texto defende que a consolidação de uma determinada memória sobre a Proclamação da República no Brasil teve, na Revolução de 1930, um de seus momentos mais importantes. Os defensores da Revolução de 1930 procuraram construir uma visão negativa para os eventos de1889, porque esta era uma maneira de:

a) valorizar as propostas políticas democráticas e liberais vitoriosas.   
b) resgatar simbolicamente as figuras políticas ligadas à Monarquia.   
c) criticar a política educacional adotada durante a República Velha.  
d) legitimar a ordem política inaugurada com a chegada desse grupo ao poder. 
e) destacar a ampla participação popular obtida no processo da Proclamação.

2- (ENEM 2011) Até que ponto, a partir de posturas e interesses diversos, as oligarquias paulista e mineira dominaram
cena política nacional na Primeira República? A união de ambas foi um traço fundamental, mas que não conta toda a história do período. A união foi feita com a preponderância de uma ou de outra das duas frações. Com o tempo, surgiram as discussões e um grande desacerto final. FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004(adaptado) 

A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância de presidência
 entre os dois estados, não passa de uma idealização de um processo muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundas divergências políticas colocavam-nos em confronto por causa de diferentes graus de envolvi mento no comércio exterior. T
OPiK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930. Rio de Janeiro: Record, 1989 (adaptado).

Para a caracterização do processo político durante a Primeira República, utiliza-se com frequência a expressão Política do Café com Leite. No entanto, os textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilização:
a) A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia paulista o privilégio de indicar os candidatos à presidência, sem necessidade de alianças. 
b) As divisões políticas internas de cada estado da federação invalidavam o uso do conceito de aliança entre estados para este período.
c) As disputas políticas do período contrariavam a suposta estabilidade da aliança entre mineiros e paulistas.                    
d) A centralização do poder no executivo federal impedia a formação de uma aliança duradoura entre as oligarquias. 
e) A diversificação da produção e a preocupação com o mercado interno unificavam os interesses das oligarquias.



3- (Enem 2011) A  imagem representa as manifestações nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, na primeira década do século XX, que integraram a Revolta da Vacina.  Considerando o contexto político-social da época, essa revolta revela.

a) a insatisfação da população com os benefícios de uma modernização urbana autoritária.      
b) a consciência da população pobre sobre a necessidade de vacinação para a erradicação das epidemias.       
c) a garantia do processo democrático instaurado com a República, através da defesa da liberdade de expressão da população. 
d) o planejamento do governo republicano na área de saúde, que abrangia a população em geral. 
e) o apoio ao governo republicano pela atitude de vacinar toda a população em vez de privilegiar a elite.


4-(Enem 2009) -  A figura de coronel era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. Normalmente, tratava-se de grandes fazendeiros que utilizavam seu poder para formar uma rede de clientes políticos e garantir resultados de eleições. Era usado o voto de cabresto, por meio do qual o coronel obrigava os eleitores de seu “curral eleitoral” a votarem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas, para que votassem de acordo com os interesses do coronel. Mas recorria-se também a outras estratégias, como compra de votos, eleitores-fantasma, troca de favores, fraudes na apuração dos escrutínios e violência.   

Com relação ao processo democrático do período registrado no texto, é possível afirmar que

(A) o coronel se servia de todo tipo de recursos para atingir seus objetivos políticos.
(B) o eleitor não podia eleger o presidente da República.
(C) o coronel aprimorou o processo democrático ao instituir o voto secreto.
(D) o eleitor era soberano em sua relação com o coronel.
(E) os coronéis tinham influência maior nos centros urbanos.



5- Sobre a situação do Brasil às vésperas do movimento de 1930.

I- Até 1930, as elites dos estados de SP e MG, mantinham um arranjo pelo qual revezavam na presidência. Era a política do  café-com-leite.
II- O movimento “revolucionário” de 1930 era liderado principalmente pelas oligarquias cafeeiras de São Paulo.
III- A Aliança Libertadora Nacional foi formada por estados que apoiavam o governo de Washington Luís.
IV- O café, principal produto de exportação, teve queda acentuada nos preços no mercado internacional devido à crise de 1929.
V- Na República Velha, as fraudes eleitorais eram muito comuns. A existência do voto em aberto colaborava na manutenção das fraudes.


Assinale a  alternativa  CORRETA.

(A)  Somente a afirmativa V é correta.
(B)  São verdadeiras as alternativas I,IV, V.
(C) São verdadeiras as alternativas I,III,IV,V.
(D) São verdadeiras as alternativas II,III, IV,V.
(E)  Todas as afirmativas são falsas.


6- Sobre o período conhecido como Governo Provisório (1930 a 1934) é correto afirmar. EXCETO:

(A) Aos poucos Vargas revelou-se: centralizador, voltado para questões sociais do trabalhador e defensor das riquezas do país. 
(B) Assustada com a atitude populista de Vargas a elite paulista institui um movimento da Revolução Constitucionalista.
(C) Vargas representava o nome de consenso dos grupos que queriam o fim da Oligarquia dos Cafeicultores.
(D) A escolha do nome de Vargas para presidente foi democrática, pois procurou ouvir a base popular través do voto direto.
(E) Apesar de derrotados militarmente os paulistas saíram-se vitoriosos politicamente com a garantia de realização da Constituinte


7- Na História política do Brasil o período conhecido como  Estado Novo foi a(o)

A) ditadura instaurada por Getúlio Vargas, que possuía feições corporativas.
B) Plano de Governo de Jânio Quadros em parceria com os udenistas.
C) período da História do Brasil iniciado com a abertura do governo Geisel.
D) renovação política iniciada com a eleição de Tancredo Neves.
E) estratégia sócio-econômica do Governo Goulart formalizada através do Plano Trienal criado por Celso Furtado.


8- Assinale a opção correta em relação a seqüência mais coerente que preenche as lacunas da seguinte frase:   “O golpe militar de 1964 foi efetivado com o objetivo de evitar ______________. O regime militar foi marcado pelas _______ _____________e pelo _____________ aos opositores do regime. “ 

a) a ameaça comunista; restrições aos direitos e garantias individuais; uso da violência.
b) a crise financeira; situações de plena democracia; tratamento humanitário.      

c) os atos institucionais; concentração de renda e abertura ao capital estrangeiro; cassação de mandatos.
d) centralização do poder; liberdade de expressão e impressa livre; uso da força de repressão. 

e) a ameaça comunista; concentração de renda e abertura ao capital estrangeiro; dialogo democrático.


9) Sobre o Regime Militar que o Brasil atravessou entre 1964 e 1985. Assinale a alternativa INCORRETA:

a) a crise econômica da década de 70 afetou o Brasil com intensidade maior em razão da dependência ao petróleo importado para cobrir a maior parte de consumo dos derivados do produto;
b) a abertura política iniciada no governo Geisel que ao final do mandato revogou o ato institucional nº5, evidenciou os graves problemas sociais do país, demonstrado pelas greves de metalúrgicos do ABC paulista e movimentos estudantis ;
c) O governo Figueiredo, o último presidente da Ditadura Militar,  editou os Atos Institucionais nº1, 2,3, e 4.
d) O Ato Institucional foi o modelo jurídico característico bastante utilizados pelo presidentes  da ditadura militar;
e) O governo Médici foi o período mais repressivo de todo regime militar, onde a tortura e repressão atingiram os extremos, bem como a censura aos meios de comunicação.



10- Entre 1972 e 1975 a crise do Petróleo assusta a economia capitalista mundial. Seus reflexos atingem o Brasil provocando uma crise econômica sem precedentes com aumento da inflação e estagnação econômica, pois era grande a dependência do país as importações do produto. Como ficou conhecido o programa o governo militar criou para reduzir a dependência do Brasil ao petróleo:

a) O Biodiesel no Governo Médici.
b) O Proálcool no Governo Geisel.
c) A construção da usina de  Angra I no governo Geisel.
d) O II PNB ( Plano Nacional de Desenvolvimento).
e) A criação da Petrobrás no governo Médici.